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Acta Obstétrica e Ginecológica Portuguesa

versión impresa ISSN 1646-5830

Resumen

REIS, Maria João Marques  y  SA, Luísa. Práticas de contraceção reversível de longa duração nos Cuidados de Saúde Primários do Norte de Portugal: estudo transversal. Acta Obstet Ginecol Port [online]. 2022, vol.16, n.2, pp.95-114.  Epub 30-Jun-2022. ISSN 1646-5830.

Introdução e objetivo:

Os LARC (long-acting reversible contraceptives) são anticoncecionais de longa duração, adequados a todas as mulheres, não dependentes de uso, com elevada eficácia contracetiva, satisfação e continuidade pelas utilizadoras. Em Portugal, os LARCs são gratuitos nos Cuidados de Saúde Primários e a sua colocação faz parte das competências dos médicos de família. Este estudo pretendeu caracterizar as práticas contracetivas e o perfil de prescrição e colocação de LARCs na Administração Regional de Saúde do Norte de Portugal.

Desenho do estudo:

Estudo observacional transversal.

População:

Especialistas e Internos de formação específica em Medicina Geral e Familiar dos Cuidados de Saúde Primários da região Norte de Portugal.

Métodos:

Foi utilizada uma amostra tipo “bola de neve”, divulgado através de redes sociais e apoiado por instituições de saúde e organizações profissionais.

Resultados:

Obtivemos uma amostra de 167 participantes, correspondente a 5,9% dos médicos de família dos Cuidados Primários do Norte de Portugal, representando 26,2% das unidades de saúde e 23 dos 24 Grupos de Centros de Cuidados Primários desta região. Os Estroprogestativos orais lideram a recomendação contracetiva nos Cuidados de Saúde Primários do Norte de Portugal (84,4%; IC95%: 78,5% - 89,8%), seguidos pelos LARCs (21,6%; IC95%: 15,6% - 28,1%). O implante subcutâneo foi o LARC mais aconselhado (74,9%; IC95%: 68,3% - 80,8%) e colocado (70,7%; IC95%: 62,9% - 77,8%). A maioria não coloca contracetivos intrauterinos (59,9%; IC95%: 52,1% - 67,1%), optando por referenciar as utentes para consulta de ginecologia. O implante subcutâneo tende a ser aconselhado a nulíparas (p < 0,001) e a contraceção intrauterina a multíparas (p < 0,001).

Conclusões:

Existe uma mudança de paradigma na contraceção nos Cuidados de Saúde Primários do Norte de Portugal, com o aumento do uso de LARCs. Nesta região, o implante subcutâneo representa o LARC mais utilizado, opondo-se à tendência global em que a contraceção intrauterina é o LARC de escolha. Os LARC intrauterinos parecem ser mais dependentes de barreiras externas do que da competência dos médicos de família. Além de diminuir as referências hospitalares, a melhoria das condições de colocação dos LARC poderia otimizar a utilização da contraceção intrauterina e a saúde sexual dos utilizadores.

Palabras clave : Dispositivos anticoncepcionais; Métodos de contraceção; Contraceção reversível de longa duração; Cuidados de Saúde Primários.

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