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Acta Obstétrica e Ginecológica Portuguesa

versión impresa ISSN 1646-5830

Resumen

NAPOLEAO, Leonardo et al. Estudo CHOose: as escolhas contracetivas em mulheres com obesidade classe 2 e 3 nos Cuidados de Saúde Primários de Vila Nova de Gaia e Espinho. Acta Obstet Ginecol Port [online]. 2022, vol.16, n.4, pp.332-340.  Epub 31-Dic-2022. ISSN 1646-5830.

Introdução e Objetivos:

A prevalência da obesidade entre mulheres em idade fértil tem aumentado nos últimos anos, devendo ser considerada na escolha do método contracetivo. Estas mulheres apresentam maior risco de eventos tromboembólicos, sendo superior com a utilização de contraceção hormonal combinada (CHC). Por este motivo, algumas sociedades médicas não recomendam a utilização de CHC nas mulheres com obesidade classe 2 e 3. Este estudo tem como objetivo avaliar a terapêutica contracetiva nas mulheres obesas de classe 2 ou superior em nove Unidades de Saúde Familiar (USF’s) da região norte de Portugal.

Tipo de Estudo:

Estudo multicêntrico observacional retrospetivo transversal.

População:

Todas as mulheres em idade fértil (15-49 anos), com IMC ≥35 kg/m2, inscritas nas USF’s intervenientes e inseridas no programa de planeamento familiar (PF).

Métodos:

A amostra foi recolhida através da plataforma MIM@UF® e a identificação do método anticoncecional e antecedentes tromboembólicos através do processo clínico (SClínico®). Foram excluídas mulheres grávidas, mulheres sem consulta nos últimos cinco anos e mulheres com dados inválidos.

Resultados:

Da amostra inicial de 1063 mulheres, 123 foram excluídas. A idade média era 36,8 ± 8,8 anos e o IMC médio era 39,2 ± 4,0 kg/m2. Desta amostra, 36,2% (n=340) estavam sob progestativos (70,9% progestativo oral, 14,7% sistema intrauterino com levonorgestrel, 13,8% com implante progestativo, 0,6% com progestativo injetável); 27,7% (n=260) estavam sob CHC, 12,8% (n=120) estava sob métodos não hormonais (55,8% métodos de barreira; 37,5% dispositivo intrauterino de cobre; 6,7% métodos naturais); 6,4% (n=60) estavam com métodos permanentes e 17,0% não utilizavam método contracetivo (n=160). Nesta amostra, 2,2% (n=21) tinham antecedentes tromboembólicos.

Conclusões:

A CHC é o segundo método mais usado nas USF intervenientes, apesar do seu uso não estar recomendado. Dado o elevado risco de eventos tromboembólicos, é essencial implementar medidas corretivas para a melhoria do aconselhamento contracetivo nas consultas de PF.

Palabras clave : Contraceção Hormonal; Obesidade; Tromboembolismo; Serviços de Planeamento Familiar; Unidade de Saúde Familiar.

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