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Acta Obstétrica e Ginecológica Portuguesa

versión impresa ISSN 1646-5830

Resumen

ANTUNES, Dora; ROLHA, Ana; MELO, Daniela  y  BOMBAS, Teresa. LGBTQIA+ e Saúde Sexual e Reprodutiva: Resultados de um inquérito aos médicos portugueses. Acta Obstet Ginecol Port [online]. 2023, vol.17, n.2, pp.111-127.  Epub 30-Jun-2023. ISSN 1646-5830.

Introdução e Objetivo:

Os cuidados de Saúde Sexual e Reprodutiva (SSR) devem ser adaptados às minorias sexuais e de género, uma vez que estas apresentam necessidades únicas e específicas. Este estudo pretende compreender a perspetiva dos profissionais de SSR que prestam cuidados à comunidade Lésbica, Gay, Bissexual, Transexual/Transgénero, Queer, Intersexual, Assexual e Outros (LGBTQIA+), avaliando a sua experiência clínica, nível de conhecimentos e necessidades formativas.

Desenho de Estudo, População e Métodos:

Elaboração de um questionário online que foi distribuído aos médicos de Ginecologia/Obstetrícia (G/O) e Medicina Geral e Familiar (MGF) entre setembro de 2021 e abril de 2022. Um total de 324 médicos responderam ao questionário (G/O 55,6%; MGF 44,4%). A maioria era do sexo feminino (81,8%), especialista (57,7%) e tinha menos de 35 anos (55,3%).

Resultados:

Em 40,8% e 23,5% dos casos, os médicos ‘raramente’/’nunca’ abordam a orientação sexual e o comportamento sexual dos seus pacientes, respetivamente. Mais de um terço (37,0%) considerou o seu nível de preparação para prestar cuidados de SSR a indivíduos LGBTQIA+ como ‘razoável’/’nenhum’, apontando a inexperiência do profissional (58,0%) e a falta de informação (51,9%) como as principais dificuldades. Apenas 24,2%, 5,6% e 23,8% acreditavam que os indivíduos LGBTQIA+ usam frequentemente contracetivos, têm mais gravidezes indesejadas e múltiplos parceiros, respetivamente. O receio de estigmatização (81,5%) e a ausência de formação (66,7%) foram considerados obstáculos no acesso aos cuidados de saúde. A maioria (96,0%) reconheceu a importância de realizar formações/workshops nesta área. A especialidade de MGF, a idade mais jovem, menos anos de experiência e trabalhar na região Centro/Ilhas foram negativamente associados ao nível de conhecimentos e de experiência.

Conclusão:

Os médicos portugueses apresentam um nível de conhecimentos e experiência clínica insuficientes na prestação de cuidados de SSR a minorias sexuais e de género, salientando a necessidade imperiosa de formação e desenvolvimento de competências nesta área.

Palabras clave : Saúde reprodutiva; Identidade de género; Grupos minoritários; Comportamento sexual; Orientação sexual.

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