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Observatorio (OBS*)

 ISSN 1646-5954

FIGUEIRAS, Rita. O processo de mediatização e a emergência do capitalismo de vigilância. []. , 15, 1, pp.137-149.   26--2022. ISSN 1646-5954.  https://doi.org/10.15847/obsobs15120211648.

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O artigo debate a relação entre a mediatização e o capitalismo, a partir do conceito de “capitalismo de vigilância” cunhado por Shoshana Zuboff. Este conceito descreve uma nova lógica económica ancorada na monetização de dados comportamentais, em que empresas vendem e compram o acesso em tempo real ao fluxo da vida quotidiana para influenciar e modificar o comportamento dos indivíduos em busca de lucro. Esta subespécie emergente do capitalismo está relacionada com o processo de mediatização social, uma vez que as sociedades contemporâneas podem ser caracterizadas por um aumento geral da importância dos media em variadas dimensões da vida, com as rotinas diárias profundamente entrelaçadas nos media móveis - nomeadamente, smartphones, tablets, redes Wi-Fi e contas em redes sociais. Isto significa que os indivíduos produzem quantidades crescentes de informação sobre si e o seu comportamento, e à medida que mais áreas da vida social dependem de processos de mediação digital, mais sectores da sociedade se adaptam e são dependentes das tecnologias. Ou seja, a vigilância empresarial criou um sistema de extração de lucros constituído por recolha e análise sistemática de dados para capturar o consumidor digital. Este artigo parte do modelo abstrato sobre as dinâmicas do capitalismo, teorizado por Rosa et al. (2017), para debater a indispensabilidade dos media para a estabilização dinâmica do capitalismo. Como a sua estabilidade é precária, o capitalismo precisa de aceleração permanente para atingir novos níveis de estabilidade e neste ensaio teórico defende-se que a mediatização desempenha um papel acelerador na escalada do capitalismo de vigilância, ao mesmo tempo que, deste modo, garante a sua estabilização social. Neste contexto, o termo “acelerador” deve ser entendido como uma condição prévia funcional para uma aceleração contínua.

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The concept of surveillance capitalism, christened by Shoshone Zuboff, is used in this article to explore the relationship between mediatization and capitalism. The concept describes a new economic logic based upon the monetization of behavioral data. This subspecie of capitalism is related to the mediatization process as contemporary societies may be described by the increasing relevance of media technologies in varies dimensions of life whereby daily routines are profoundly embedded in mobile media - namely, smartphones, tablets, WiFi networks and social media accounts. This means that individuals produce a growing amount of data about themselves and as increasing dimensions of life depend upon digital mediation processes, more economic sectors adapt themselves and are dependent upon technologies. Corporate surveillance created a system of extraction of profit by sistematically collecting and analyzing data to capture the digital consumer. This article departs from the abstract model of dynamics of capitalism, theorized by Rosa et al. (2017), to debate media indispensability to the stabilization of capitalism. As its stability is precarious, capitalism needs permanent acceleration to achieve new levels of stability and in this theoretical essay it is argued that mediatization plays an accelerator role in the escalation of surveillance capitalism at the same time that by doing it capitalism guarantees its social stability. In this context, “accelerator” must be understood as a functional precondition for assuring a continuos acceleration process.

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