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Angiologia e Cirurgia Vascular
versão impressa ISSN 1646-706X
Resumo
TIAGO, José; MINISTRO, Augusto; NUNES, José Silva e FERNANDES E FERNANDES, José. Isquémia Mesentérica Aguda: cinco anos de experiência institucional (2007-12). Angiol Cir Vasc [online]. 2013, vol.9, n.1, pp.11-16. ISSN 1646-706X.
A isquémia mesentérica aguda mantém uma elevada taxa de mortalidade, não obstante o progresso científico e as novas metodologias de tratamento. Os autores procederam a uma revisão da casuística do Serviço correspondente aos doentes com isquémia mesentérica aguda (IMA) submetidos a cirurgia de revascularização urgente por embolia ou trombose da artéria mesentérica superior (AMS). A análise foi observacional e retrospectiva, durante um período de 5 anos (2007-12). Os objectivos foram a caracterização clínica e demográfica dos doentes com IMA, estratégias diagnósticas e terapêuticas adoptadas, assim como factores condicionantes da taxa de mortalidade. 14 doentes, 8 mulheres (57%) e 6 homens (43%), com idade média de 75 anos foram analisados. A embolia da AMS foi a causa de IMA em 70% dos casos; disrítmia cardíaca e hipertensão arterial foram as co-morbilidades mais frequentes. O diagnóstico foi estabelecido após 24 horas de evolução clínica, na maioria dos doentes. A dor abdominal foi o sintoma predominante, associado a elevação dos d-dímeros, lactato desidrogenase e leucocitose. Foram efectuadas dez embolectomias e quatro by pass para a AMS. 50% dos doentes foram submetidos a ressecção intestinal e second look realizou-se em 14%. A mortalidade aos 30 dias foi de 57% (embolia 60%; trombose 50%). A idade avançada, as múltiplas co-morbilidades e o tempo prolongado de isquémia contribuíram para a elevada mortalidade apresentada, apesar de comparável à de séries internacionais.
Palavras-chave : Isquémia mesentérica aguda; Revascularização cirúrgica; Embolia/Trombose da artéria mesentérica superior.