SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.10 número4Ainda há lugar para a revascularização ultradistal na era endovascular?: A propósito de 2 casos clínicos índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Angiologia e Cirurgia Vascular

versão impressa ISSN 1646-706X

Resumo

MAIA, Miguel; CRUZ, André; VIDOEDO, José  e  PINTO, João Almeida. Síndrome pós-trombótica e qualidade de vida em doentes com trombose venosa ilio. Angiol Cir Vasc [online]. 2014, vol.10, n.4, pp.173-179. ISSN 1646-706X.

Objetivo: Caraterizar o síndrome pós-trombótico e a qualidade de vida em doentes com antecedentes de trombose venosa profunda (TVP) ilio-femoral, possíveis candidatos a trombólise dirigida por cateter na altura do diagnóstico. Material e métodos: Revisão retrospetiva dos processos clínicos dos doentes com o diagnóstico de TVP ilio-femoral de 1 de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2013. Seleção dos doentes de acordo com os critérios consensualmente aceites para trombólise dirigida por cateter na altura do diagnóstico. Entrevista clínica, realização de eco-Doppler venoso dos membros inferiores com preenchimento da escala Villalta e dos questionários SF-36 e VEINES-QOL/Sym. Resultados: Durante este período foram observados, no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, 369 doentes com TVP dos membros inferiores. Destas, 39 envolviam o sector ilio-femoral em doentes potencialmente candidatos a trombólise dirigida por cateter. Compareceram à convocatória 28 doentes, sendo 85,7% do sexo feminino. Sessenta e quatro por cento dos doentes usava regularmente meia elástica de contenção. Quarenta por cento dos doentes apresentavam um fator de trombofilia. Mais de 80% evidenciava alterações ao eco-Doppler, sendo que 46% mantinha oclusão venosa e 36% refluxo ilio-femoral. Do total dos doentes avaliados, 21% apresentava insuficiência femoro-poplítea. Cerca de 90% dos doentes evidenciava síndrome pós-trombótica, sendo grave em 18%. A qualidade de vida global, representada pelo estado geral de saúde, foi classificada como má em 43% dos doentes. A vitalidade e a saúde mental foram os domínios mais negativamente influenciados. Na análise estatística, os doentes com piores pontuações nos questionários de qualidade de vida foram os com síndrome pós-trombótica, as mulheres, os doentes com trombose no membro inferior direito, com refluxo = 2 segundos, com insuficiência distal ao segmento envolvido pela TVP e quando a mesma foi diagnosticada no primeiro mês após um procedimento cirúrgico. Conclusão: Neste estudo verificamos uma elevada frequência de síndrome pós-trombótica e a uma diminuição significativa da qualidade de vida. Um subgrupo de doentes apresentou resultados particularmente preocupantes. Estes resultados sugerem que deverá ser considerado um tratamento invasivo alternativo à opção conservadora habitual. Contudo, serão necessários dados suplementares para definir a influência da trombólise dirigida por cateter na qualidade de vida destes doentes.

Palavras-chave : Trombose venosa ilio-femoral; Trombólise dirigida por cateter; Qualidade de vida.

        · resumo em Inglês     · texto em Português

 

Creative Commons License Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons