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Angiologia e Cirurgia Vascular

Print version ISSN 1646-706X

Abstract

TEIXEIRA, Gabriela et al. Infeção da ferida cirúrgica inguinal na cirurgia vascular: Incidência de um ano de uma instituição. Angiol Cir Vasc [online]. 2015, vol.11, n.1, pp.03-10. ISSN 1646-706X.

Introdução/Objetivos: A infeção do local cirúrgico na cirurgia vascular é uma complicação que não só implica atrasos na cicatrização, mas que pode levar a perda de membro e a risco de vida para o paciente. A incidência descrita de infeção da ferida cirúrgica inguinal após procedimentos vasculares varia de 3 a 44%. Este estudo tem como objetivo quantificar a incidência de infeção inguinal no nosso serviço e estabelecer níveis de correlação com fatores de risco e medidas preventivas. Métodos: Estudo retrospetivo das cirurgias vasculares arteriais realizadas num hospital universitário durante um ano. Pacientes com abordagem inguinal foram estudados segundo características clínicas e demográficas, infeção ativa, acesso inguinal prévio, terapia antitrombótica, indicação cirúrgica, antibioterapia profilática, tipo de intervenção e tipo de enxerto. Foram registadas as infeções do local cirúrgico e classificadas segundo Szilagyi. Nos pacientes com infeção, documentamos o tempo de apresentação, tratamento e tempo de cicatrização. Os dados foram analisados no SPSS 18.0. Resultados: De janeiro a dezembro de 2013, foram realizadas 1266 cirurgias vasculares, das quais 782 arteriais. Destas, 279 tiveram abordagem inguinal, com um total de 358 incisões inguinais e uma amostra populacional de 241 pacientes (31 reintervencionados). A taxa de infeção foi de 4,7% (17/348 incisões). Todas as infeções Szilagyi I (n = 4) resolveram com uso exclusivo de antibiótico. Três das dez infeções Szilagyi II necessitaram de drenagem/desbridamento no bloco; as restantes Szilagy II resolveram com antibiótico e cuidados de penso. Nas infeções Szilagyi III (n = 3) foi retirada a pontagem, e em dois doentes foi tentada a revascularização in situ. Esses dois pacientes morreram. A identificação do agente infecioso foi possível em 9 pacientes, sendo a Pseudomonas o agente mais comum. A hipertensão esteve significativamente associada a maior risco de infeção (p = 0,033). Discussão/Conclusões: A baixa taxa de infeção descrita é comparável aos melhores resultados publicados sobre este tema. Estratégias de controlo de infeção refinadas ao longo de anos podem contribuir para estes resultados. Contudo, sendo um evento de baixa incidência, correlações entre infeção da ferida inguinal e fatores de risco são difíceis de estabelecer. Períodos de seguimento mais longos são necessários para a identificação de todas infeções a este nível.

Keywords : Infeção ferida cirúrgica vascular; Infeção ferida cirúrgica inguinal; Infeção prótese vascular.

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