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Angiologia e Cirurgia Vascular

versão impressa ISSN 1646-706X

Resumo

COELHO, Andreia et al. Acidente vascular cerebral em doentes com lesões em tandem: qual a importância clínica e o risco da revascularização emergente da artéria carótida interna extracraniana?. Angiol Cir Vasc [online]. 2017, vol.13, n.4, pp.57-63. ISSN 1646-706X.

O acidente vascular cerebral (AVC) isquémico agudo no contexto de lesões síncronas, define-se como a combinação de estenose da artéria carótida interna (ACI) extra-craniana com trombo intracraniano. Apesar de corresponder a cerca de 10-20% de todos os AVC, a sua abordagem permanece controversa e variável de acordo com a experiência do centro. Na literatura, é consensual que a lesão com implicação imediata mais importante na apresentação clínica aguda é o trom- bo intracraniano. A revascularização intracraniana deve ser o mais célere possível, estando demonstrada a superioridade da trombectomia mecânica com stentretriever na oclusão de grande vaso da circulação anterior quando comparadas com a trombólise isolada. No entanto, no contexto de lesão aterosclerótica carotídea síncrona, é controverso o benefício e perfil de segurança do stent carotídeo emergente concomitante. O objetivo da presente revisão foi avaliar a importância clínica e os riscos associados a revascularização emergente da artéria carótida interna com recurso a angioplastia e stenting no contexto de lesões síncronas. Com esse objetivo foi realizada uma revisão da literatura existente utilizando a base de dados da Medline. Ultrapassar uma lesão da ACI extra-craniana e colocação de stent emergente parece ter uma elevada taxa de recanaliza- ção, mas é um procedimento time-consuming, podendo assim atrasar o tempo para a recanalização distal e potencialmen- te condicionar resultados neurológicos menos favoráveis. Na literatura, não existe evidência de uma melhoria do outcome do doente com o recurso a stent emergente no que concerne a recanalização intracraniana (Thrombolysis in Cerebral Infarction≥2b), outcome clínico (modified Rankin Scale≤2) e taxa de mortalidade aos 90 dias. Adicionalmente, expõe o doente a risco de complicações como AVC associado ao procedimento e hemorragia intracraniana. Conclui-se assim não existir atualmente evidência na literatura que suporte a realização de stenting carotídeo emergen- te no contexto de AVC devido a lesões síncronas.

Palavras-chave : Acidente Vascular Cerebral; Lesões síncronas; Stent carotídeo emergente; Trombectomia mecânica assistida por angioplastia.

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