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Angiologia e Cirurgia Vascular

versión impresa ISSN 1646-706X

Resumen

AUGUSTO, Rita et al. Pé diabético neuroisquémico - a revolução endovascular. Angiol Cir Vasc [online]. 2018, vol.14, n.4, pp.307-314. ISSN 1646-706X.

Introdução: A prevalência estimada de Diabetes Mellitus (DM) em Portugal é de 13,3% na população adulta. Ao longo da sua vida cerca de 15-25% dos diabéticos desenvolvem úlcera no membro inferior. A DM é uma doença vascular única que facilita a infeção e tem predileção para o atingimento de artérias abaixo do joelho. Neste contexto, a revascularização por técnicas endovasculares dos doentes com pé diabético neuroisquémico (PDNI) é hoje considerada, pela maioria dos autores, como de primeira linha, mostrando consistentemente maiores taxas de salvamento de membro. Estima-se que a mortalidade dos doentes com PDNI atinja os 50% aos 5 anos (após revascularização, com viabilidade do membro mantida), aumentando para 50% aos 2 anos sem revascularização e consequente amputação major. Com este estudo, os autores pretendem descrever a sua experiência na revascularização distal endovascular no tratamento de doentes com PDNI. Métodos: Estudo restrospectivo que inclui todos os doentes diabéticos submetidos a revascularização endovascular de artérias distais (janeiro 2010 - dezembro 2017) - 464 membros em 326 doentes. Foram avaliados os dados demográficos, co-morbilidades e processos clínicos. O objetivo primário é avaliar o sucesso técnico, a taxa de salvamento de membro assim como as taxas de amputação major e amputação minor. Como objetivos secundários os autores pretendem descrever a população tratada, os tratamentos endovasculares efetuados assim como caraterizar a evolução adquirida nos últimos anos nestas técnicas. Resultados e conclusões: O sucesso técnico foi alcançado em 85% dos procedimentos. Foi necessária revascularização concomitante do setor ilíaco em 0,7% e do setor femoro-poplíteo em 63,2% dos casos. O acesso femoral anterógrado foi obtido em 91,3% dos casos. Foi necessária punção distal retrógrada em 7,6% dos procedimentos. A revascularização angiossómica foi obtida em 60,9% dos casos. No setor femoro-poplíteo, foi efetuada ATP em 56,3% dos procedimentos e recanalização, ATP e stenting em 42,4%. Durante o follow-up, 14,1% dos doentes foi submetido a amputação major e 36,4% a amputação minor. A sobrevida livre de amputação major aos 12 meses foi de 80,1% e a taxa de cicatrização aos 12 meses de 63,2%. A sobrevida global aos 12 meses foi de 79,8%. Encontrou-se associação entre a revascularização angiossómica (p=0,014) e o número de eixos distais permeáveis (p=0,01) com a presença de salvamento de membro e a diminuição no tempo até à cicatrização. Encontrou-se adicionalmente associação entre o estadio de disfunção renal e a ausência de cicatrização (p=0,04). A taxa de reintervenção foi de 20,4%. Os resultados do presente estudo sobre a revascularização endovascular de eixos distais em doentes diabéticos enfatiza a necessidade de um investimento apropriado nesta população, aumentando o sucesso na revascularização possibilitando a preservação de um maior número de membros.

Palabras clave : Pé Diabético; Revascularização endovascular; Stent; Angioplastia; Salvamento de membro; Amputação.

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