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Angiologia e Cirurgia Vascular

versão impressa ISSN 1646-706X

Resumo

LIMA, Pedro et al. Aneurismas micóticos das carótidas extracranianas - revisão sistemática da literatura. Angiol Cir Vasc [online]. 2020, vol.16, n.4, pp.290-299.  Epub 31-Jan-2021. ISSN 1646-706X.

Introdução:

Os aneurismas micóticos das carótidas na sua porção extracraniana são extremamente raros, sendo que o conhecimento sobre essa patologia incide apenas na descrição de casos clínicos.

Apenas cerca de 100 casos estão publicados na literatura.

Os autores propõem apresentar uma revisão sistemática com a intenção de delinear uma compreensão mais generalizada desta patologia.

Métodos:

Foram consultadas as bases de dados PubMed e EmBase utilizando as palavras-chave “infected aneurysm” e “carotid artery”.

Foram incluídos todos os trabalhos em inglês até 2019.

Os estudos que descrevem casos sobre aneurismas carotídeos intracranianos ou pseudoaneurismas traumáticos foram excluídos, tal como as lesões secundárias a complicações de cirurgia vascular.

Resultados:

Foram incluídos 55 trabalhos entre 1979-2019, relatando dados de 58 doentes.

A mediana da idade foi de 63 anos (mín. 9 meses; máx. 88 anos), sendo 67% do sexo masculino.

Cerca de 70% apresentaram histórico de infeções bacterianas prévias ou imunossupressão.

A localização mais frequente foi a carótida interna seguida pela carótida comum, quase exclusivamente na proximidade da bifurcação carotídea.

O aparecimento de uma massa cervical foi a apresentação mais habitual (46%) seguida por síndromes compressivos (38%) e AVC/AIT (11%).

Os agentes identificados na maior proporção dos casos foram o Staphylococcus aureus (26%) e Salmonella spp (19%).

A interposição de enxertos autólogos foi a técnica mais utilizada para correção cirúrgica.

Foi relatada a morte de 7 doentes (14%).

Conclusão:

Os aneurismas micóticos das carótidas são raros e o diagnóstico pode ser difícil.

O seu tratamento implica restituição do inflow carotídeo e remoção do tecido infetado, pelo que a utilização de enxertos autólogos é a estratégia preferida.

Apesar das técnicas endovasculares poderem ser usadas em casos selecionados, deve ser considerada a possibilidade de o material protésico ser um nicho para crescimento bacteriano.

A morbimortalidade poderá ser maior que a descrita no presente trabalho pelo viés de publicação.

Palavras-chave : Aneurisma infecioso; carótida.

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