SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
 número10O Simbolismo das Cores no Livro de José de Arimateia.Duas Capelas Laterais medievais do Convento de S. Francisco de Tavira. índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Medievalista

versão On-line ISSN 1646-740X

Resumo

CARRETO, Carlos F. Clamote. «Li sens conmence contreval a filer…». Imaginaire du sang et hétérodoxies épiques dans La Bataille Loquifer. Medievalista [online]. 2011, n.10, pp.120-165.  Epub 31-Dez-2011. ISSN 1646-740X.  https://doi.org/10.4000/medievalista.217.

O sangue é, por excelência, a substância vital e mortífera da qual se alimenta a escrita épica. Polissémico por natureza e reenviando a variados estratos culturais e simbólicos, este fluido tanto pode representar o princípio da continuidade ligado à memória genealógica como o sangue impuro que corre nas veias da linhagem maldita dos pagãos ou dos traidores. Marcado por interditos ancestrais que fazem estremecer o discurso (visão do sangue feminino) ou designando uma ferida que ameaça a integridade do herói épico transformado em vítima sacrificial cujo sangue, derramado sobre o campo de batalha, purifica e regenera o espaço reconquistado pelo logos cristão, o sangue recria e transmite um imaginário paradoxal no qual se projecta simultaneamente o devir da linguagem e o da própria canção de gesta. Daí se tornar tão frequentemente, em francês antigo, hipóstase do sentido (o sens) através de uma homofonia que sela os destinos de ambas as substâncias e engendra uma singular poética do sangue que procuraremos perscrutar através de um atípico poema épico composto entre finais do século XII e inícios do século XIII, La Bataille Loquifer.

Palavras-chave : Sangue; La Bataille Loquifer; simbolismo; poesia épica.

        · resumo em Inglês     · texto em Francês     · Francês ( pdf )