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Medievalista

versão On-line ISSN 1646-740X

Resumo

ANDRADE, Miguel. Onde há dragões? Ambientes dracónicos nas sagas nórdico-islandesas antigas. Medievalista [online]. 2024, n.35, pp.83-117.  Epub 31-Dez-2023. ISSN 1646-740X.  https://doi.org/10.4000/medievalista.7718.

Os dragões são presenças frequentes nas antigas sagas nórdico-islandesas, compostas entre os séculos XIII e XV. Até ao presente, os locais associados aos dragões têm sido analisados sobretudo na perspetiva da sua relação com as dinâmicas centro/periferia e com as fronteiras do Outro Mundo. Uma menor atenção foi até agora votada aos ambientes físicos ocupados pelos dragões, tanto os por eles normalmente habitados como os por eles tornados inabitáveis.

O habitat dos dragões abrange, na literatura islandesa medieval, uma grande variedade de paisagens naturais. Neste artigo, focar-nos-emos nas paisagens literárias (ocasionalmente reflectindo geografias reais familiares aos autores, dependendo do cenário evocado) que rodeiam os dragões nas sagas, atendendo em particular aos elementos topográficos, fenómenos meteorológicos, alturas do dia e estações do ano. O objectivo principal será definir as principais paisagens em que os dragões são encontrados e reflectir sobre as suas interações com o meio envolvente, alterando as paisagens, principalmente através de meios destrutivos e transformando-as em lugares não-partilhados.

Como as descrições dos ambientes que envolvem os dragões são frequentemente parcas em detalhes, será realizado um estudo alargado do corpus de sagas com referências a dragões, procurando-se vocabulário relacionado com paisagens nas 55 ocorrências encontradas em 38 sagas e þættir (“contos, episódios”). Focar-me-ei nas “sagas lendárias” e nas “sagas de cavalaria”, dada a prevalência de material nestes subgéneros, mas também incluirei episódios das “sagas de Islandeses”, das “sagas de reis” e de outros textos que lhes são adjacentes.

Palavras-chave : dragão; Nórdico Antigo; saga; paisagem; ecocrítica.

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