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Medievalista

 ISSN 1646-740X

ANTUNES, Joana. Babuinare: o macaco nos marginalia do século XIV em Portugal. []. , 35, pp.191-222.   31--2023. ISSN 1646-740X.  https://doi.org/10.4000/medievalista.7741.

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Conhecidas pela sua prolixidade e heterodoxia, as margens da arte medieval oferecem-nos, também em Portugal, um vastíssimo elenco de figuras, temas e estratégias de representação que importa interrogar e conhecer. Criadas para preencher vazios, para dinamizar superfícies e relações espaciais, para comentar e ampliar os efeitos previstos para o centro, foram também investidas de funções lúdicas, profiláticas e apotropaicas, tão importantes na cultura medieval mas ainda tão pouco estudadas (e tão difíceis de estudar) entre nós.

Entre os diversos protagonistas destas margens da arte medieval, destaca-se, sobretudo a partir do final do século XIII, a figura do macaco, símile e extensão satírica e moralizadora do comportamento humano e, portanto, actor principal de um mundo às avessas que encontra nas margens o seu lugar natural. Atestando a naturalidade desta mesma relação, a primeira designação medieval para uma boa parte da figuração que hoje designamos por marginalia provém do termo babuíno, convocando a generalidade das espécies e comportamentos símios então conhecidos. Partindo desta afinidade, procuraremos identificar e, sempre que possível, interpretar algumas das mais significativas representações de macacos nos marginalia medievais em Portugal ao longo do século XIV, das quais se destacam dois estudos de caso inéditos.

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Commonly known for their prolix and heterodox nature, the margins of medieval art present us with a vast array of figures, themes, and representational strategies that deserve to be questioned and learned about. Created to fill voids, to dynamise surfaces and spatial relations, to comment on and amplify the effects anticipated for the centre, they were also invested with playful, prophylactic, and apotropaic functions, so important in medieval culture but still so little studied (and so difficult to study) in Portugal.

Among the various protagonists of these margins of medieval art, and particularly from the 13th century on, apes stand out as a satirical and moralising simile of mankind, and, therefore, as the main actors of a topsy-turvy world that finds their natural place in the margins. Attesting to this close relationship, the first known medieval designation for what we now call marginalia, comes from the term babewyn, or baboon, summoning the generality of the simian species and behaviours then known.

Based on this affinity, we will seek to identify and, whenever possible, interpret some of the most significant representations of monkeys in medieval marginalia in Portugal during the 14th century, of which two unpublished case studies stand out.

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