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Revista de Gestão Costeira Integrada

versão On-line ISSN 1646-8872

Resumo

CAMACHO, Sarita et al. Características geoquímicas das margens dum estuário Atlanto-Mediterrânico (o Guadiana, Sudeste de Portugal): variação espacial e sazonal. RGCI [online]. 2014, vol.14, n.1, pp.129-148. ISSN 1646-8872.  https://doi.org/10.5894/rgci452.

O presente estudo descreve a variabilidade espacial e sazonal das propriedades físico-químicas da água (salinidade, temperatura e oxigénio) e dos sedimentos superficiais (granulometria, pH, COT, CIT, NT e C/N) da faixa intermareal do estuário do rio Guadiana, SW da Península Ibérica durante o ano 2010. Os resultados indicam que as condições ambientais do estuário estão fortemente dependentes dos padrões espaciais e das oscilações sazonais na descarga de água doce. Os sedimentos apresentaram-se geralmente mal calibrados e com uma assimetria tendencialmente fina, de acordo com as condições de baixa energia típicas de áreas de deposição. As fortes chuvas sentidas durante o inverno forçaram a descarga contínua do maior reservatório artificial da Europa, o Alqueva, criando condições hidrodinâmicas excecionais, promovendo o aumento de sedimentos grosseiros no estuário. A granulometria dos sedimentos ao longo da zona intertidal tende a aumentar das zonas mais elevadas às zonas mais baixas. As zonas de sapal alto são controladas pela enchente, promovendo a acreção vertical de sedimentos lodosos, sobretudo siltes. As zonas mais baixas do sapal e zonas de planície lodosa são controladas pela vazante, com exportação mais eficiente de finos para a plataforma e retenção de areias, por vezes com conteúdo significativo em bioclastos. No inverno (média Q = 654 m3s-1), a salinidade manteve-se baixa ao longo de todo o estuário, com os valores mais elevados (< 3) registados até cerca de 3 km para montante a partir da foz do rio, exceto nos ambientes mais confinados, mais expostos à evaporação. No verão (média Q = 52 m3s-1), as águas estuarinas apresentaram-se melhor misturadas e a intrusão salina estendeu-se até cerca de 8 km para montante. A variação sazonal da temperatura das águas superficiais foi muito elevada, verificando-se uma diferença de ca 14°C entre as temperaturas máximas registadas no Inverno e no Verão. No estuário, observou-se uma clara relação entre a elevação (relativa ao nível médio do mar) e a quantidade de matéria orgânica, o tamanho do grão e o pH. Nas zonas mais elevadas do sapal, onde o hidrodinamismo é atenuado, a deposição diferencial de sedimentos finos promove o aprisionamento de matéria orgânica e a diminuição do pH.

Palavras-chave : Estuário do Guadiana; sapal; sedimentos; granulometria; matéria orgânica; pH; propriedades físico-químicas.

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