SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.15 número1Evolução da hidrodinâmica do estuário do Tejo (Portugal) no século XXISobre extremos climáticos em gestão costeira: o caso do sistema de Rio de la Plata na costa do Uruguai índice de autoresíndice de materiabúsqueda de artículos
Home Pagelista alfabética de revistas  

Servicios Personalizados

Revista

Articulo

Indicadores

Links relacionados

  • No hay articulos similaresSimilares en SciELO

Compartir


Revista de Gestão Costeira Integrada

versión On-line ISSN 1646-8872

Resumen

MAIA, A.; BERNARDES, C.  y  ALVES, M.. Análise de custo benefício de obras de defesa costeira nas praias da Vagueira e do Labrego. RGCI [online]. 2015, vol.15, n.1, pp.81-90. ISSN 1646-8872.  https://doi.org/10.5894/rgci521.

A costa ocidental portuguesa e, em particular, a zona litoral de Aveiro tem sofrido nas últimas décadas profundas alterações morfológicas, devido à erosão persistente. Este processo está relacionado com o reduzido volume de sedimentos disponível neste segmento costeiro, a ação dos temporais, as ações antropogénicas e a subida do nível médio do mar. Neste contexto, a barreira arenosa, que define a laguna de Aveiro, tem experimentado um contínuo estreitamento e rebaixamento topográfico que, em conjunto, potenciam um significativo recuo da linha de costa, erosão das praias e galgamentos oceânicos. No presente trabalho é analisado o setor costeiro entre as praias da Vagueira e do Labrego, localizado a sul dos molhes que protegem o canal de acesso à laguna de Aveiro. O estudo incluiu o estudo do comportamento da linha de costa, nos últimos 52 anos, a sua projeção para o ano de 2020, e uma Análise Custo-Benefício (ACB) para duas situações, a existente na atualidade, com obras de defesa costeira e, outra, admitindo a ausência de defesa. Neste contexto, foram examinadas fotografias aéreas de diferentes anos com vista à delimitação das linhas de costa e calculado o recuo médio; a análise da viabilidade económica dos cenários foi realizada a partir do cálculo do Valor Actual Líquido (VAL). O recuo médio da linha de costa foi de -3,5m/ano, com particular expressão nas áreas não protegidas, e se as condições hidrodinâmicas permanecerem idênticas às atuais, até 2020 é esperado um recuo de cerca de 30m a que corresponde uma perda de 7ha de área semi-natural da barreira, admitindo que as áreas edificadas continuarão a ser protegidas. A Análise Custo-Benefício mostra que o investimento em obras de defesa, em particular as de natureza pesada, não é economicamente viável. Situação que também se verifica se nada for feito para preservar o património natural e edificado. No entanto, o cenário sem obras de proteção acarreta menores prejuízos económicos. Convém, contudo, não esquecer que qualquer cenário deve considerar não só fatores económicos mas, também, a importância ecológica e social das zonas afetadas. Tomando em consideração a actual tendência e de modo a continuar a proteger a frente urbana da Vagueira, as obras de defesa existentes terão que ser mantidas e reforçadas o que implicará maior investimento num futuro próximo.

Palabras clave : Ria de Aveiro; barreira; defesas costeiras; erosão costeira; linha de costa.

        · resumen en Inglés     · texto en Inglés     · Inglés ( pdf )

 

Creative Commons License Todo el contenido de esta revista, excepto dónde está identificado, está bajo una Licencia Creative Commons