Contexto:

A situação de doença crítica despoleta frequentemente uma crise familiar, com impacto na saúde mental. A família tem necessidades específicas associadas à incerteza da situação, ao risco de vida eminente, e ainda ao ambiente tecnológico desconhecido, sendo uma das necessidades mais emergentes a de comunicação. A comunicação terapêutica em enfermagem com a família permite diminuir o seu sofrimento, porque clarifica a compreensão da situação, fornece suporte emocional e reduz a ansiedade.

Objetivo:

Identificar as intervenções de enfermagem que otimizam a comunicação com a família da pessoa em situação crítica.

Metodologia:

Revisão integrativa da literatura, realizada através da pesquisa de trabalhos publicados e literatura cinzenta nas bases de dados CINAHL, Medline, PubMed, Cochrane Database of Systematic Reviews e ScienceDirect. Identificaram-se 16 artigos publicados entre 2014 e 2019.

Resultados:

Os resultados mostram a importância do enfermeiro na transmissão de informação atualizada de forma regular, usando uma linguagem acessível à compreensão do familiar; na promoção de conferências familiares; na demonstração de uma atitude empática, mantendo contato visual, tocando e escutando ativamente a família em sofrimento; no acolhimento da família no contexto, fornecendo informação escrita; na promoção da confiança no enfermeiro e na equipa e no apoio emocional, gerindo as expetativas e a esperança.

Conclusão

O estudo permitiu identificar estratégias de comunicação terapêutica com a família da pessoa em situação crítica, que exigem competência para o seu uso enquanto instrumento do cuidar, contribuindo para a saúde mental da família em crise.

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