Introdução:

O potencial para doenças infecciosas emergentes é um grande problema de saúde global. Entre os vírus que causam doenças emergentes estão os coronavírus. Investigações epidemiológicas e etiológicas detectaram em 2019 um novo coronavírus, que aumentou drasticamente a carga de trabalho nas unidades de saúde.

Objetivo:

Identificar construtos que desencadeiam a síndrome de Burnout em enfermeiros na linha de frente da COVID-19.

Método:

Revisão integrativa consolidada por meio de cinco bases de dados de saúde, utilizando duas estratégias de buscas: (Coronavirus OR “COVID- 19” OR “SARV-COV-2”) AND ("Esgotamento Profissional" OR "Exaustão Profissional") AND (Enfermagem OR "Enfermeiros") e (“Coronavirus Infections” OR “COVID- 19” OR coronavirus OR “SARV-COV-2”) AND ("Burnout, Professional" OR "Occupational Burnout") AND (Nursing OR Nurse). Utilizou-se o Rayyan para triagem e seleção dos estudos.

Resultados:

Foram incluídos 19 artigos, com profissionais de saúde na linha de frente de cuidados às pessoas com COVID-19, em 14 instituições de saúde de diferentes localizações geográficas. Identificou-se 10 construtos relacionados às três dimensões de burnout em enfermeiros na linha de frente na assistência à COVID-19. Houve maior identificação de construtos na dimensão de exaustão emocional, com predomínio de exaustão/esgotamento emocional, estresse ocupacional, medo, ansiedade e sobrecarga ocupacional.

Conclusões:

Os constructos desencadeadores da síndrome de burnout nos profissionais de enfermagem atuantes na linha de frente da COVID-19 são o estresse ocupacional, esgotamento emocional, medo, ansiedade, angústia, sobrecarga ocupacional, estresse pós-traumático, mudanças na personalidade, problemas familiares e redução da satisfação profissional.

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