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Revista Internacional em Língua Portuguesa

versão impressa ISSN 2182-4452versão On-line ISSN 2184-2043

Resumo

SIQUEIRA, José Carlos. O silêncio anticolonial de Conrad e Eça, ou a impossível arte de narrar o horror. RILP [online]. 2017, vol.32, pp.189-204.  Epub 28-Jul-2021. ISSN 2182-4452.  https://doi.org/10.31492/2184-2043.rilp2017.32/pp.191-206.

Edward Said, em um de seus últimos trabalhos: Cultura e imperialismo de 1993, considera a novela O coração das trevas, de Joseph Conrad, a expressão literária do colonialismo europeu no século XIX. O romance de Eça de Queirós, A ilustre casa de Ramires, também é avaliado por muitos como uma apologia ao colonialismo português. No entanto, as próprias reflexões de Said sobre a obra de Conrad revelam algumas possibilidades de leitura que o crítico não desenvolveu. Este artigo propõe comparar as duas obras ficcionais para ultrapassar as interpretações consagradas a elas. Para isso, serão usados conceitos elaborados por Giorgio Agamben, como “inapreensibilidade” e “narrativa do horror”. A análise e a metodologia aqui empregadas sugerem que o texto ficcional mais importante nessas duas obras é aquele que não está escrito, e que tal texto elíptico só pode ser vislumbrado pelo leitor a partir da fricção das várias narrativas tecidas no interior das obras.

Palavras-chave : Joseph Conrad; Eça de Queirós; Literatura anticolonial.

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