Serviços Personalizados
Journal
Artigo
Indicadores
- Citado por SciELO
- Acessos
Links relacionados
- Similares em SciELO
Compartilhar
Revista Internacional em Língua Portuguesa
versão impressa ISSN 2182-4452versão On-line ISSN 2184-2043
Resumo
MANUEL, Paulo; LEITAO, Anabela A. e BOAVENTURA, Rui A.R.. Qualidade da água para consumo humano na cidade do Uíge (Angola): água tratada do sistema de abastecimento público e água não tratada de fontes alternativas. RILP [online]. 2018, vol.33, pp.75-94. Epub 29-Jul-2021. ISSN 2182-4452. https://doi.org/10.31492/2184-2043.rilp2018.33/pp.75-93.
Estima-se que cerca de 85% das doenças nos países em desenvolvimento são de veiculação hídrica e devem-se maioritariamente ao consumo de água de má qualidade. Neste trabalho avaliou-se a qualidade físico-química e microbiológica da água consumida pela população da cidade do Uíge. Foram realizadas quatro campanhas de amostragem em 10 pontos do sistema de abastecimento público, em três furos e nove cacimbas, e foram analisados 21 parâmetros físico-químicos e dois microbiológicos. Os resultados mostram que a água, à saída dos sistemas de tratamento, se pode considerar de boa qualidade apenas na ETA nova, sendo a proveniente de torneiras e furos artesianos própria para consumo em termos físico-químicos mas imprópria do ponto de vista microbiológico. A água das cacimbas é de muito má qualidade. Foi detetada contaminação bacteriológica em cerca de 58% das amostras de água das torneiras, em mais de 80% das amostras dos furos e em quase 100% das amostras das cacimbas, tornando-se a situação mais grave na época da chuva. Concluiu-se que há uma relação entre as doenças que atingem estas populações e a qualidade da água que consomem.
Palavras-chave : água para consumo humano; água tratada; água de fontes alternativas; doenças de veiculação hídrica; saúde pública.