SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.34 número6Prevalência da síndroma de fragilidade na região norte de PortugalPatologia anogenital por papilomavírus humano em doentes com vírus da imunodeficiência humana índice de autoresíndice de materiabúsqueda de artículos
Home Pagelista alfabética de revistas  

Servicios Personalizados

Revista

Articulo

Indicadores

Links relacionados

  • No hay articulos similaresSimilares en SciELO

Compartir


Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

versión impresa ISSN 2182-5173

Resumen

RAMOS, Ana Azevedo et al. Caracterização das consultas abertas. Rev Port Med Geral Fam [online]. 2018, vol.34, n.6, pp.361-369. ISSN 2182-5173.  https://doi.org/10.32385/rpmgf.v34i6.12082.

Objetivos: A consulta aberta (CA) é um tipo de consulta fundamental no âmbito dos cuidados de saúde primários (CSP) e desempenha um papel central para a gestão eficiente de recursos, sustentabilidade e qualidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Este estudo teve como principal objetivo a caracterização das CA da USF Espaço Saúde através do estudo de um conjunto alargado de variáveis, incluindo os motivos de consulta e os diagnósticos registados em cada consulta. Tipo de estudo: Estudo transversal descritivo. Local: USF Espaço Saúde, ACeS Grande Porto VI - Porto Ocidental. População: Utentes que recorreram à CA da USF Espaço Saúde durante os meses de janeiro, abril e julho de 2014. Métodos: Foi realizada a colheita de um conjunto de variáveis (idade, género, comorbilidades, nível de escolaridade, situação laboral, médico de família, médico que realizou a consulta aberta, isenção ou não-isenção de taxa moderadora, número total de consultas que o utente teve no ano de 2014, motivo da consulta aberta, diagnóstico segundo a ICPC-2 e referenciação para o SU/Hospital) através do SClínico®. A análise estatística dos dados foi realizada através do programa Microsoft Excel 2015®. Resultados: Foram realizadas um total de 1.310 CA, representando 41,2% do total das consultas presenciais. A maioria dos utentes pertencia ao sexo feminino (62,7%, n=821), apresentando uma média de idades de 44,8 anos. Os utentes que mais recorreram a CA foram aqueles que em relação à sua situação profissional se encontravam no ativo (41,5%, n=544) e que eram isentos de taxas moderadoras (58,7%, n=769). O motivo mais registado de CA foi o A62 - Procedimento administrativo (6,12%), seguindo-se o R05 - Tosse (5,35%); o A31 e o W31 - Exame médico/avaliação de saúde parcial (ambos com 4,97%). O diagnóstico mais registado foi o R74 - Infeção aguda do aparelho respiratório superior (6,52%), seguido por A98 - Medicina preventiva/Manutenção da saúde (5,71%) e K86 - Hipertensão sem complicações (5,18%). Foi realizada referenciação para o serviço de urgência em apenas 22 consultas (1,9%) e referenciação a consulta hospitalar em 78 consultas (6,0%). Conclusões: Para além da caracterização detalhada da CA realizada na USF, o estudo permitiu verificar a importância de se investir na literacia em saúde dos utentes, no sentido de compreenderem as indicações específicas que devem motivar a ida à CA. Os resultados do estudo reforçam, ainda, a importância de um correto registo clínico que, por vezes por falta de gestão de tempo dos profissionais, fica comprometido, limitando não só o seguimento clínico do utente como uma possível investigação futura. Através da análise crítica dos principais motivos/diagnósticos pelos quais os utentes recorrem à CA será possível uma melhor gestão de recursos que, aliados ao trabalho em equipa, permitirão uma melhor assistência e qualidade de resposta no âmbito das CA.

Palabras clave : Consulta aberta; Intersubstituição médica.

        · resumen en Inglés     · texto en Portugués     · Portugués ( pdf )

 

Creative Commons License Todo el contenido de esta revista, excepto dónde está identificado, está bajo una Licencia Creative Commons