SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.35 número2Como se veem os nossos adolescentes? Avaliação da perceção da imagem corporal numa população escolarPrática de ioga como terapia complementar ou alternativa em crianças e adolescentes com perturbação de hiperatividade e défice de atenção: uma revisão baseada na evidência índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

versão impressa ISSN 2182-5173

Resumo

VALE, Sofia Oliveira; MARCALO, Sofia; MARTINS, Cláudio Sousa  e  MACHADO, Ana Catarina. Medicina física e de reabilitação no tratamento da paralisia de Bell: qual a evidência?. Rev Port Med Geral Fam [online]. 2019, vol.35, n.2, pp.127-135. ISSN 2182-5173.  https://doi.org/10.32385/rpmgf.v35i2.12030.

Objetivo: Rever a evidência científica da medicina física e de reabilitação (MFR) na recuperação da paralisia de Bell (PB), na fase aguda ou crónica, em qualquer grau de severidade. Fontes de dados: National Guideline Clearinghouse, Guidelines Finder, Canadian Medical Association Infobase, Cochrane Library, DARE e PubMed. Métodos de revisão: Pesquisa de normas de orientação clínica (NOC), meta-análises (MA), revisões sistemáticas (RS) e estudos originais, em inglês, espanhol e português, publicados desde 2006, utilizando os termos MeSH peripheral facial paralysis, Bell palsy e rehabilitation. Para atribuição do nível de evidência dos estudos e da força de recomendação foi aplicada a escala Strength of Recommendation Taxonomy (SORT), da American Family Physician. Resultados: Dos 127 artigos obtidos, sete preenchiam os critérios de inclusão: duas NOC, duas RS e três estudos originais. A Canadian Medical Association (2014) recomenda MFR na fase crónica, mas não na fase aguda, enquanto a National Guideline Clearinghouse (2013) não recomenda MFR, independentemente da fase. A RS de Ferreira e colaboradores (2015) revela maior recuperação motora com MFR do que com tratamento farmacológico isolado, sem discriminação da fase. A RS de Teixeira e colaboradores (2012) refere que há baixa evidência de que a MFR seja eficaz, tanto na fase aguda como na crónica. O estudo de coorte de Toffola e colaboradores (2012) conclui que doentes na fase aguda com axonotmese apresentam melhoria com MFR. O ensaio clínico aleatorizado e controlado (ECAC) de Monini e colaboradores (agosto de 2016) revela uma recuperação maior e mais rápida com MFR do que com tratamento farmacológico isolado na PB severa. O ECAC de Monini e colaboradores (dezembro de 2016) sugere a importância de combinar MFR com corticoterapia para um melhor resultado na recuperação da PB severa em todos os grupos etários. Discussão: Os estudos têm pouca qualidade e são muito heterogéneos. Na fase aguda não permitem concluir se a recuperação dos doentes é espontânea ou se é devida/acelerada por MFR. Não há evidência consistente para a recomendação ou para a não recomendação de MFR na fase aguda ou crónica, pelo que não se pode atribuir uma força de recomendação. São necessários mais ECAC de boa qualidade.

Palavras-chave : Paralisia facial periférica; Paralisia de Bell; Reabilitação.

        · resumo em Inglês     · texto em Português     · Português ( pdf )

 

Creative Commons License Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons