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Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

Print version ISSN 2182-5173

Abstract

PARENTE, Nuno Miguel. PRACI - Perceção dos utentes sobre antibioterapia, Resistência a Antimicrobianos e Controlo de Infeção. Rev Port Med Geral Fam [online]. 2019, vol.35, n.5, pp.346-359. ISSN 2182-5173.  https://doi.org/10.32385/rpmgf.v35i5.12630.

Objetivo: Caracterizar os conhecimentos dos utentes sobre práticas inerentes à antibioterapia, concetualização de resistência a antimicrobianos (RAB), controlo de infeção e averiguar a existência de relação entre a informação sobre RAB e restantes variáveis. Tipo de estudo: Estudo observacional, transversal e analítico. Local: USF Viver Mais. População: Utentes inscritos na USF Viver Mais com 18-69 anos (n=6.952). Métodos: Questionário anónimo aplicado a uma amostra de 365 utentes. Incluiu variáveis demográficas como idade, sexo e escolaridade, presentes na Parte I, e 15 perguntas de escolha simples na Parte II sobre conceito e funcionamento do antimicrobiano (AB), atitudes relativas ao AB, adequação do AB a determinados sintomas e doenças, práticas de controlo de infeção, fonte de informação sobre RAB, definição e dimensão da RAB. Resultados: Houve maior representatividade do sexo feminino (61,9%), do grupo com 45-54 anos e escolaridade ≥ 12º ano. A maioria reconheceu o papel dos AB nas infeções víricas e mais de 70% identificou os AB como fármacos anti-piréticos e anti-inflamatórios. A principal indicação para AB foi a odinofagia com duração ≥ 5 dias e aproximadamente 89% concordou em utilizar AB de familiares/amigos. Cerca de 50% considerou importante a higienização das mãos após contacto com uma instituição de saúde e 69,4% após contacto com secreções respiratórias. O reconhecimento do conceito da RAB constatou-se em 58,1% dos utentes, em que 50% a percecionou como problema pessoal e familiar. Mais de 88% conceptualizou a RAB como uma falha de resposta do corpo aos AB. Verificou-se relação entre a informação sobre RAB do doente e as seguintes variáveis: escolaridade; conhecimento sobre o efeito negativo do AB na flora autóctone; importância do AB no tratamento da constipação, gripe e odinofagia; autossuspeição do utente da necessidade de tratamento com AB; decisão de antibioterapia gerida pelo médico e confiança no médico não-prescritor de AB (p<0,05). Conclusões: Em geral, os utentes demonstraram baixo conhecimento nas diversas áreas, apesar de sobreponível à literatura. Deste modo, o médico de família pode dirigir as suas ações para a informação adequada do conceito de RAB e implicações no ecossistema.

Keywords : Resistência a antimicrobianos; Antibióticos; Controlo de infeção; Literacia em saúde.

        · abstract in English     · text in Portuguese     · Portuguese ( pdf )

 

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