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Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

versão impressa ISSN 2182-5173

Resumo

FERREIRA, Margarida Glórias et al. Sintomas e características clínicas de indivíduos com infeção por SARS-COV-2 em seguimento domiciliário. Rev Port Med Geral Fam [online]. 2022, vol.38, n.3, pp.270-277.  Epub 30-Jun-2022. ISSN 2182-5173.  https://doi.org/10.32385/rpmgf.v38i3.13243.

Introdução:

Os doentes assintomáticos ou com sintomatologia ligeira a moderada representam 80-85% dos doentes infetados com SARS-CoV-2. Um melhor conhecimento sobre o curso da doença, os sinais de agravamento, podem ser de grande importância para uma otimização do seguimento destes doentes e antecipação de complicações.

Objetivo:

Estudar as características e evolução da doença por SARS-CoV-2 pelos cuidados de saúde primários, em indivíduos com critério para vigilância domiciliária.

Métodos:

Identificados doentes com infeção confirmada, inscritos na plataforma Trace COVID-19 e atribuídos à USF, de 26/Mar a 30/Jun de 2020. Os dados foram recolhidos através de contacto telefónico, tendo sido estudadas as variáveis: número de casos; caracterização demográfica, clínica e laboratorial, assim como evolução da doença. A análise dos dados foi efetuada no programa Microsoft® Excel.

Resultados:

Dos 41 indivíduos estudados, 53,7% era do sexo feminino e a média de idades foi de 44,9 anos. A duração média dos sintomas foi de 15,9 dias, sendo a mialgia o sintoma mais prevalente (61%). Em relação às comorbilidades, a patologia mais frequentemente encontrada foi a hipertensão arterial (22%). De acordo com a evolução clínica apenas 14,6% teve necessidade de observação em áreas dedicadas à COVID-19 na comunidade ou no serviço de urgência hospitalar.

Conclusões:

Os sintomas gripais, como mialgias (61%), cefaleias (58,5%), cansaço (56,1%) e tosse (48,8%), foram os mais frequentes. O único doente com necessidade de internamento apresentava como única comorbilidade a obesidade. Este é hoje reconhecido como um fator de risco para complicações associadas à COVID-19, a par da idade (acima dos 65 anos), das doenças cardiovasculares, da doença pulmonar crónica e da diabetes. Este estudo constitui um contributo para uma melhor caracterização desta patologia conhecida apenas há cerca de dois anos e reforça a importância do médico de família no seguimento dos doentes e integração de cuidados.

Palavras-chave : SARS-CoV-2; COVID-19; Cuidados de saúde primários; Médico de família.

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