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Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

versão impressa ISSN 2182-5173

Resumo

COELHO, Francisco Santos  e  OLIVEIRA, Susana Sampaio. Políticas de saúde prioritárias no pós-pandemia: a visão dos profissionais de saúde. Rev Port Med Geral Fam [online]. 2022, vol.38, n.6, pp.595-604.  Epub 31-Dez-2022. ISSN 2182-5173.  https://doi.org/10.32385/rpmgf.v38i6.13451.

Objetivo:

Conhecer a opinião e a perceção dos profissionais de saúde sobre o impacto da pandemia da COVID-19 na sua prática clínica e identificar as políticas de saúde que consideram ser mais prioritárias para a fase de retoma assistencial pós-pandémica.

Tipo de estudo:

Observacional, transversal e descritivo.

População:

Adultos, profissionais de saúde de qualquer área, que tenham estado no ativo durante o ano 2020.

Métodos:

Colheita de dados através de um questionário divulgado online em diversas plataformas durante a primeira quinzena do mês de julho de 2021. A análise estatística descritiva e inferencial foi feita em Microsoft Excel® e em GraphPad Prism®.

Resultados:

Dos 546 profissionais de saúde que participaram neste estudo, 93% consideraram que a pandemia da COVID-19 teve um impacto importante na sua prática clínica; destes, 65% classificaram esse impacto como elevado. Verificou-se uma diferença estatisticamente significativa para todas as dificuldades laborais sentidas antes vs durante a pandemia. Foi nos cuidados de saúde primários (CSP) que se encontrou a maior taxa de insatisfação laboral no primeiro ano de pandemia. A política de saúde considerada mais prioritária para o pós-pandemia foi a retoma dos rastreios (94,9%), seguindo-se a contratação de profissionais de saúde (94,1%) e a melhoria das remunerações (93,2%). Foram ainda consideradas prioritárias a preparação do Serviço Nacional de Saúde9 (SNS) para situações equiparáveis a esta pandemia, o reforço das equipas e condições dos CSP e a redução do trabalho burocrático. Por oposição, o investimento em telemedicina foi considerado como a política menos prioritária de todas as listadas, com apenas cerca de 67% dos participantes a considerarem-na relevante.

Conclusões:

Para os profissionais de saúde, a retoma dos rastreios é a política de saúde mais prioritária a adotar no pós-pandemia. Investir nos CSP é uma necessidade premente e a contratação de profissionais é fundamental.

Palavras-chave : COVID-19; Políticas de saúde; Profissionais de saúde; Pós-pandemia.

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