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Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

versão impressa ISSN 2182-5173

Resumo

AZEVEDO, Rita et al. Impacto do teste de diagnóstico antigénico rápido (TDAR) do streptococcus grupo A na prescrição de antibióticos: um estudo observacional de uma unidade de cuidados de saúde primários em Lisboa. Rev Port Med Geral Fam [online]. 2023, vol.39, n.2, pp.121-128.  Epub 30-Abr-2023. ISSN 2182-5173.  https://doi.org/10.32385/rpmgf.v39i2.13468.

Introdução:

A amigdalite aguda é um diagnóstico comum nos cuidados de saúde primários (CSP). Embora a etiologia viral seja a mais comum, antibióticos são frequentemente prescritos. A prescrição inadequada de antibióticos deve ser evitada para prevenir a resistência antimicrobiana. Diversas guidelines recomendam a realização de testes para deteção do Streptococcus do grupo A (GAS) quando a apresentação clínica sugeere infeção por GAS.

Objetivos:

Descrever a viabilidade da implementação do teste de diagnóstico antigénico rápido (TDAR) numa unidade de CSP, o seu impacto na prescrição de antibióticos e a avaliação de associações entre sintomas e resultados do TDAR.

Métodos:

Entre outubro de 2019 e março de 2020 foram elegíveis doentes com amigdalite aguda na USF do Parque. Foi aplicado um questionário para dividir os indivíduos em quatro grupos (claramente viral, provavelmente viral, dúvida diagnóstica e provavelmente bacteriano) e avaliar a intenção prévia de prescrever antibióticos. Foram aplicados 136 questionários e realizados 133 TDAR. A equipa de enfermagem classificou o processo de colheita e interpretação dos resultados conforme a sua dificuldade. A proporção de antibióticos evitados foi estimada como a quantidade de vezes que os médicos mudaram a intenção de prescrever antibióticos após um resultado negativo no TDAR.

Resultados:

97,7% dos TDAR foram de fácil interpretação. Sem a realização dos TDARs, teriam sido prescritos 45 antibióticos. Após o teste, 27 antibióticos foram evitados. A hipertrofia tonsilar, as petéquias do palato e a febre aumentaram a probabilidade de um resultado positivo. A tosse foi associada a um resultado negativo.

Conclusão:

O TDAR é de fácil implementação e contribuiu para a prescrição adequada de antibióticos. Hipertrofia amigdalina, petéquias do palato e febre foram significativamente associadas a um resultado positivo e a tosse foi associada a um resultado negativo. Os CSP beneficiariam de ter TDARs disponíveis aquando de forte suspeita ou dúvida de amigdalite bacteriana.

Palavras-chave : Testagem point of care; Amigdalite aguda; Streptococcus pyogenes; Antibióticos; Cuidados de saúde primários.

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