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Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar

versión impresa ISSN 2182-5173

Resumen

COELHO, Joana Pinto; SANTIAGO, Luiz Miguel  y  REIS, Maria Teresa. Proporção de sinais e sintomas ICPC2 indevidamente colocados como doença crónica em medicina geral e familiar: um estudo preliminar no centro de Portugal. Rev Port Med Geral Fam [online]. 2023, vol.39, n.2, pp.132-139.  Epub 30-Abr-2023. ISSN 2182-5173.  https://doi.org/10.32385/rpmgf.v39i2.13471.

Introdução:

O uso correto da Classificação Internacional de Cuidados Primários (ICPC-2) permite uma prática clínica adequada, o conhecimento epidemiológico e o estudo da saúde das comunidades.

Objetivo:

Identificar “sinais e sintomas” dos capítulos da ICPC-2 inapropriadamente classificados como ativos e crónicos (CIC), caracterizando a sua proporção e a sua distribuição por capítulos.

Métodos:

Estudo observacional e transversal, exploratório, com colheita de dados das consultas de todas as terças, quartas e sextas-feiras do mês de agosto de 2021, de dois ficheiros clínicos. Procedeu-se a análise descritiva da lista de CIC.

Resultados:

Foram avaliados os dados de 123 doentes, 52,8% do sexo feminino e com idade média de 53,3±22,4 anos. Em 45,5% dos doentes havia CIC que representavam 8,2% do total de classificações crónicas. Os capítulos músculo-esquelético (16,3%), psicológico (7,3%) e os genital feminino, circulatório e geral e inespecífico (todos com 5,7%) foram os mais frequentes. Em função do sexo e idade não se verificaram diferenças significativas, mas quanto maior era o número de classificações totais, maior era o número de CIC.

Discussão:

Os resultados obtidos podem originar impacto positivo na epidemiologia, na redução de tempo em acompanhamento do doente, na comunicação médica e na credibilização dos registos para investigação. A elevada prevalência dos sintomas músculo-esqueléticos pode levar à manutenção destes problemas como crónicos. A pandemia COVID-19 pode ser associada a um maior número de sinais e sintomas transitórios, mas classificados como ativos. Um grande número de problemas ativos pode afetar negativamente a capacidade de classificar.

Conclusão:

Em estudo preliminar verificou-se que em 45,5% dos doentes havia classificações inapropriadamente crónicas, sendo 8,2% das classificações totais inapropriadas, pelo que a atualização periódica da lista de problemas, o investimento na formação dos médicos de família na ICPC-2 e a avaliação frequente das classificações parecem ser atividades a desenvolver.

Palabras clave : Medicina geral e familiar; Classificação; Registos clínicos; Lista de problemas; ICPC-2; CSP.

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