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Revista Nutrícias

versão On-line ISSN 2182-7230

Resumo

TORRES, Cláudia; ALVES, Paula  e  PINTO, Elisabete. Evolução nutricional em doentes oncológicos submetidos a colocação de prótese esofágica: estudo retrospectivo. Nutrícias [online]. 2012, n.14, pp.20-22. ISSN 2182-7230.

Introdução: A colocação de prótese esofágica é um procedimento eficaz que consegue restituir a via oral para alimentação corrente em doentes com obstrução esofágica. Objectivos: Avaliar, retrospectivamente, a evolução nutricional em termos de ingestão alimentar, sintomatologia relacionada com a ingestão alimentar e evolução antropométrica, de todos os doentes que colocaram prótese esofágica no IPOPFG, E.P.E., entre Janeiro de 2009 e Dezembro de 2010 e cujo diagnóstico principal era cancro do estômago ou do esófago. Metodologia: Estudo observacional descritivo de 98 doentes. Avaliaram-se os registos nutricionais e alimentares patentes nos processos clínicos dos doentes oncológicos que colocaram prótese esofágica no período referido. Foi elaborado um protocolo para a obtenção destes dados. Resultados: A maioria (75,5%) dos indivíduos era do sexo masculino e 57,1% tinham idades superiores a 60 anos, sendo as mulheres, significativamente, mais velhas. O diagnóstico principal de 76,5% dos doentes era cancro do esófago. Em relação à sintomatologia prévia à colocação da prótese, praticamente todos os doentes (n=90) apresentavam disfagia, sendo que para 49,5% dos casos se tratava de disfagia para sólidos. Quanto ao tipo de prótese, 63,3% dos doentes colocaram próteses auto-expansíveis metálicas não cobertas. O tempo mediano entre o diagnóstico e o óbito foi de 354,0 dias e entre a colocação da primeira prótese e o óbito foi de 124,5 dias. Comparando o peso habitual com a primeira avaliação do peso após colocação da prótese, os doentes perderam uma mediana de 16kg (P25;P75: 12,5;24,0). Conclusões: Estes tipos de cancros estão associados a perdas de peso importantes, em parte condicionadas pela disfagia. Sendo um estudo retrospectivo, atendendo ao número de Consultas de Nutrição de monitorização e consequentes avaliações nutricionais disponíveis após a colocação da prótese, não foi possível medir objectivamente o benefício da colocação da prótese no que respeita ao estado nutricional. Contudo, certamente que o propósito de permitir a alimentação oral foi atingido, facto altamente valorizado pelos doentes.

Palavras-chave : Doente oncológico; Cancro do esófago; Cancro do estômago; Próteses esofágicas; Disfagia; Sobrevida.

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