Resumo

SCHMIDT-LAUFF, Sabine; BERENDI, Carmel  e  BREčIć-LOčIčNIK, Meta. Participação e Aprendizagem pelo Prisma de Estudos Comparativos Transnacionais: Vertentes do Género e Restrições Temporais. Sisyphus [online]. 2022, vol.10, n.2, pp.9-36.  Epub 06-Set-2022. ISSN 2182-8474.  https://doi.org/10.25749/sis.25637.

A participação na aprendizagem de adultos é moldada por “temporalidades heterogéneas, complementares, antagónicas e contraditórias” (Alhadeff-Jones, 2017, p. 3). O tempo é um fator essencial, sociocultural, e a aprendizagem precisa de tempo e leva tempo (cf. Schmidt-Lauff, 2019). “Demasiado ocupado no trabalho” e “responsabilidades com os filhos ou família” (OECD, 2017) são as principais razões para a não-participação na educação de adultos. O tempo é um elemento importante nas desigualdades de género a nível internacional (European Institute for Gender Equality, 2020a, 2020c). Este artigo faz uma análise comparativa de como o tempo, o género e a aprendizagem estão interligados na educação de adultos na Eslovénia e na Hungria. A análise inclui uma comparação inicial de dados quantitativos e políticas relacionadas com o tempo. No entanto, para fazer jus ao caráter complexo do tempo, uma abordagem triangular, utilizando dados qualitativos recolhidos em entrevistas com (não-)participantes em atividades de educação de adultos, vai mais longe que a descrição estatística. O estudo pretende uma melhor compreensão da experiência subjetiva de temporalidades, enquanto aprendizagem (considerando o stress e a maturação, etc.). Este artigo procura chamar a atenção para a sensibilidade temporal, por exemplo, na luta contra restrições temporais quando se cuida de filhos e se é um empresário bem-sucedido ao mesmo tempo.

Palavras-chave : género; tempo; temporalidades; participação; aprendizagem de adultos.

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