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Comunicação e Sociedade

versão impressa ISSN 1645-2089versão On-line ISSN 2183-3575

Resumo

SOUSA, Sandra. A Reparação da História e os Erros dos Seus Agentes em O Regresso de Júlia Mann a Paraty. Comunicação e Sociedade [online]. 2022, vol.41, pp.25-42.  Epub 22-Jun-2022. ISSN 1645-2089.  https://doi.org/10.17231/comsoc.41(2022).3663.

É meu objetivo neste espaço analisar o mais recente livro de Teolinda Gersão, O Regresso de Júlia Mann a Paraty (2021), à luz do conceito de psicologia negra desenvolvido por Wade W. Nobles. Pretendo, assim, complexificar uma das questões centrais do romance, proferida por Sigmund Freud, o pai da psicanálise, tornado por Gersão (2021) em personagem-narrador fictícia: “será possível que sejamos incapazes de progredir no plano ético, do mesmo modo que, afinal, parecemos incapazes de amor e compaixão?” (p. 14). Ao mesmo tempo, pretendo também desconstruir o que o romance nos aponta como os erros de dois dos mais significativos agentes da história, tanto no campo científico como no literário. Influenciados e influenciadores intelectualmente, as grandes figuras da história literária, científica e do pensamento presentes no livro de Gersão foram alvo do mesmo lapso: o não questionamento crítico de um mundo apoiado na hegemonia branca, em que a diferença e a dignidade do “outro” foram rasuradas. Basendo-me no trabalho de Catherine Hall e Corinna McLeod, entre outros, sobre o processo da escrita da história como um processo reparatório demonstro ainda como O Regresso de Júlia Mann a Paraty efetua um diálogo crítico e reparador com o passado que se espelha no presente.

Palavras-chave : psicologia negra; Sigmund Freud; Thomas Mann; Júlia Mann; memória.

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