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Comunicação e Sociedade

versão impressa ISSN 1645-2089versão On-line ISSN 2183-3575

Resumo

JIMENEZ-VAREA, Jesús  e  PINEDA, Antonio. Crime, Cruzados Encapuzados e Justiça (Privada): Arrow e a Exoneração do Vigilantismo nos Média Populares Contemporâneos. Comunicação e Sociedade [online]. 2022, vol.42, pp.133-156.  Epub 25-Fev-2023. ISSN 1645-2089.  https://doi.org/10.17231/comsoc.42(2022).4013.

Como uma forma de combate extrajudicial ao crime, o vigilantismo envolve questões relevantes sobre crime, justiça e o cumprimento da lei, tornando-se um elemento básico dos média populares. Na década de 1980, diversos produtos da cultura popular adotaram uma abordagem crítica ao vigilantismo, como parte da desconstrução do género de super-herói, que incluiu uma reflexão crítica sobre as implicações psicológicas e políticas das motivações por detrás do comportamento dos executores da justiça privada. Nesse contexto, este artigo concentra-se na representação do vigilantismo no conhecido programa de televisão Arrow (Flecha) e analisa a maneira como ele retrata, racionaliza e, em última análise, exonera o vigilantismo como uma resposta justificável à atividade criminosa. A análise empírica se concentra nas várias estratégias retóricas usadas por Arrow para justificar o vigilantismo, como a representação de instituições legais e governamentais como corruptas e ineficientes, as múltiplas razões pelas quais o vigilantismo é praticado e a sanção do combate ao crime privado pelas instituições. Os resultados indicam que o programa oferece uma apologia do éthos do vigilante: Arrow herda a virada sombria dos super-heróis na década de 1980 e o reflexo dos medos da sociedade sobre o crime, no entanto, na visão de mundo do programa, esses medos só podem ser aplacados por vigilantes privados. Ao retratar o estado como ineficiente e/ou corrupto, o espetáculo potencializa ideologias do individualismo e do neoliberalismo antigovernamental.

Palavras-chave : crime; justiça; vigilantismo; Arrow.

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