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Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional online

versión impresa ISSN 2183-8453

Resumen

HENRIQUES, M et al. STRESSE OCUPACIONAL EM CONTEXTO OPERACIONAL MILITAR NAVAL. RPSO [online]. 2019, vol.7, pp.15-27.  Epub 28-Sep-2021. ISSN 2183-8453.  https://doi.org/10.31252/rpso.26.05.2019.

Introdução:

O stresse ocupacional ocorre quando as exigências do emprego excedem a capacidade do trabalhador para lhes dar resposta; este tem uma prevalência bastante relevante e pode originar problemas de saúde mental e física, nomeadamente a nível cardiovascular, estando descrito um risco aumentado de mortalidade a este nível. O ambiente militar naval em contexto operacional pode aumentar o risco de exposição a situações de stresse. O objetivo deste estudo é abordar a questão do stresse ocupacional na guarnição de uma unidade naval da Marinha Portuguesa durante um exercício militar de grande envergadura.

Métodos:

Aplicou-se a versão resumida da Job Stress Scale à guarnição de uma fragata da classe Bartolomeu Dias; a informação recolhida foi inserida numa base de dados em ficheiro Microsoft Office Excel. Os valores médios de cada dimensão foram calculados para a amostra e por categoria profissional. Aplicou-se o teste t de student e o teste z para comparação de, respetivamente, médias e proporções entre amostras segundo a categoria profissional. Procedeu-se também à construção de gráficos representativos do modelo “exigência mental do trabalho - controlo do trabalhador” para a globalidade da amostra, versus categoria profissional e fez-se o cálculo de prevalências populacionais com intervalo de confiança a 95% corrigido para a população.

Resultados:

Os limites centrais dos quadrantes do modelo “exigência mental do trabalho - controlo do trabalhador” encontrados para a amostra foram 16,12±1,58 (exigência mental do trabalho) e 19,75±2,24 (controlo do trabalhador); no caso da dimensão “apoio social no trabalho” o valor médio encontrado foi de 18,93±2,92. Verificaram-se diferenças estatisticamente significativas a favor da categoria profissional “oficiais” versus “sargentos” ou “praças” no valor médio das dimensões “controlo do trabalho” (p<0,01) e “apoio social no trabalho” (p<0,01). Apenas 38,3% da amostra se encontrava numa situação laboral “ideal” com exigência mental reduzida e controlo elevado do processo de trabalho. Além disso, 18,3% da amostra estava sujeita a um ambiente de elevado desgaste e 21,7% estava num contexto passivo. Na população estudada, apenas 28,1-48,6% (IC95%) dos militares cumpria os requisitos de situação laboral “ideal” e 10,2-26,5% (IC95%) estavam sujeitos a um ambiente de elevado desgaste, podendo estar sujeitos aos efeitos adversos do stresse ocupacional.

Conclusões:

Os resultados obtidos neste estudo devem motivar uma reflexão por parte das entidades com responsabilidades na gestão de pessoal e na saúde naval, visando a implementação de estratégias para a prevenção e/ou gestão do stresse ocupacional.

Palabras clave : stresse ocupacional; saúde; militares; medicina do trabalho; saúde ocupacional.

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