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Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional online

Print version ISSN 2183-8453

Abstract

SANTOS, M  and  ALMEIDA, A. DANOS OCUPACIONAIS ASSOCIADOS AO ARSÉNIO, COM ENFASE NO SETOR DA CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE OBRAS DE ARTE. RPSO [online]. 2019, vol.8, pp.S230-S249.  Epub July 12, 2021. ISSN 2183-8453.  https://doi.org/10.31252/rpso.21.12.2019.

Introdução e Objetivo:

O setor da Conservação e Restauro ainda não foi abordado pela Saúde Ocupacional de uma forma completa ou exaustiva, pelo que se registam várias lacunas de conhecimento.

Os autores tiveram como objetivo recolher e resumir toda a informação que encontraram sobre o tema, sob o formato de uma Scoping Review.

Os principais riscos associados ao Arsénio distribuem-se por vários contextos médicos, ainda que com consensos diferentes, a nível da neurologia; aparelho cardiovascular; reprodução/ obstetrícia; pediatria; imunologia; nefrologia; oncologia; dermatologia; hematologia; pneumologia; otorrinolaringologia; gastroenterologia e endocrinologia.

Metodologia:

Foi realizada uma pesquisa em janeiro de 2019, considerando os motores de busca Scopus; PubMed/ MedLine; Web of Science; Science Direct; Academic Search Complete; CINALH; Database of Abstracts and Reviews; Central Register of Controlled Trials; Cochrane Database of Systematic Reviews; Nursing and Allied Health Collection; MedicLatina e RCAAP. Foram também analisados documentos fornecidos por experts da área e com capacidade para responder à questão de investigação.

Conteúdo/ Resultados:

Uma equipa dinamarquesa doseou Arsénio em livros dos séculos XVI e XVII, usado como corante verde. Também se encontrou um artigo onde se descreveu o restauro de uma pintura de grandes dimensões, onde se suspeitava a existência de pigmentos com arsénio.

Discussão:

Existindo tão pouca bibliografia relativa aos riscos médicos do Arsénio em Conservadores- Restauradores, os autores optaram por inserir nesta secção alguns dados relativos a outros profissionais que também possam contatar com este agente. Entre estes, os artistas que elaboram (ou sobretudo elaboraram no passado) obras de arte com pigmentos com Arsénico, talvez sejam os mais adequados, ainda que também sobre estes a bibliografia seja reduzida. Acredita-se que pintores famosos, estavam muito expostos a Arsénio; nomeadamente Rubens, Renoir, Duffy e Klee.

Presentemente, existem também outras profissões onde há algum contato com este agente, como na indústria do vidro.

Limitações:

Os autores desenvolveram esforços no sentido de tentar que a sua pesquisa fosse exaustiva mas, uma vez concluída, perceberam que não encontraram dados relevantes sobre o doseamento do Arsénio nos ambientes de trabalho da Conservação e Restauro em geral e muito menos nos diversos subsetores, nem indicação de quais técnicas são possíveis utilizar e quais as preferenciais, tal como para a avaliação biológica do mesmo. Não foram encontrados artigos com descrição de medidas de proteção coletiva ou individual, sequer de forma genérica.

Conclusões:

Desde longa data que são conhecidos malefícios concretos e sérios associados ao Arsénio. Contudo, o setor da Conservação e Restauro é ainda muito pouco estudado em contexto de Saúde Ocupacional e os riscos do eventual contato com Arsénio não são exceção.

Seria muito pertinente que surgissem equipas motivadas para estudar este setor e colmatar parte das limitações encontradas, não desenvolvidas na literatura internacional.

Keywords : conservação; restauro; conservador- restaurador; saúde ocupacional; medicina do trabalho; arsénio.

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