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Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional online
versión impresa ISSN 2183-8453
Resumen
FIRMINO, C et al. PREVALÊNCIA DA SINTOMATOLOGIA MÚSCULO ESQUELÉTICA NOS ESTUDANTES DO CURSO DE LICENCIATURA EM ENFERMAGEM: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA. RPSO [online]. 2020, vol.9, pp.53-61. Epub 15-Jul-2021. ISSN 2183-8453. https://doi.org/10.31252/rpso.23.05.2020.
Enquadramento:
A sintomatologia musculosquelética afeta muitos indivíduos, independentemente da sua idade, sexo e contexto socioeconómico. Os estudantes de enfermagem, desde que iniciam a sua formação vivenciam condições de trabalho semelhantes às do enfermeiro, com a mesma exposição aos fatores que podem desencadear a sintomatologia musculosquelética.
Objetivo:
Identificar a prevalência e os fatores de risco da patologia musculosquelética nos estudantes do curso de licenciatura em enfermagem.
Material e Métodos:
Revisão sistemática da literatura, com pesquisa na plataforma EBSCOHost®, CINAHL, MEDLINE e BVS, no período de janeiro de 2010 a março 2019. Os descritores utilizados foram: (Students, nursing AND Musculoskeletal diseases OR Musculoskeletal disorders AND Prevalence).
Resultados e Discussão:
Obteve-se um total de nove artigos que cumprem os critérios estabelecidos. A sintomatologia que foi auto reportada pelos estudantes de enfermagem teve maior prevalência na região cervical, seguida pela região lombar e dorsal, punho, ombros e mãos. Destacam ainda que os estudantes apresentam sintomatologia musculoesquelética em, pelo menos, uma região corporal. Os parâmetros que mais contribuíram para esta questão foram o género feminino, idade, esforços repetitivos, movimentação manual de cargas, ansiedade e stress académico desde o primeiro ano. A maioria dos artigos sugere que os estudantes de enfermagem estão expostos, desde o início do curso, aos mesmos riscos que foram identificados nos enfermeiros.
Conclusões:
A taxa de prevalência e os fatores associados da sintomatologia musculosquelética identificados sugere a necessidade de uma intervenção nos estudantes de enfermagem logo desde o início do curso. É necessário capacitá-los com conhecimentos para a prevenção e minimização desta problemática que tem repercussões no seu futuro profissional e bem-estar geral. Só com a contribuição de vários agentes de saúde pública conseguiremos travar esta situação. Assim, sugere-se a utilização de estratégias de saúde ocupacional tais como a promoção de exercício físico, rastreios de saúde, gestão de ansiedade e stress, bem como melhorias das condições de sala de aula, de forma a contribuir para o bem-estar tanto a nível físico como mental destes estudantes e, posteriormente, de futuros enfermeiros.
Palabras clave : Estudantes de Enfermagem; Sistema Musculosesquelético; Educação em Saúde; Ensino Superior; Revisão Sistemática, Enfermagem do Trabalho, Medicina do Trabalho, Saúde Ocupacional.