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Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional online

versão impressa ISSN 2183-8453

Resumo

SANTOS, M; ALMEIDA, A; LOPES, C  e  OLIVEIRA, T. TELETRABALHO NA PERSPETIVA DA SAÚDE OCUPACIONAL. RPSO [online]. 2020, vol.10, pp.S140-S163.  Epub 17-Mar-2021. ISSN 2183-8453.  https://doi.org/10.31252/rpso.05.09.2020.

Introdução/ enquadramento/ objetivos

A possibilidade de realizar trabalho em casa remonta há vários séculos; contudo, o desenvolvimento tecnológico permitiu a criação de novos postos de trabalho nele alicerçados e eventualmente totalmente executados fora das instalações do empregador. Para além disso, a situação de Pandemia associada ao SARS-COV-2 (vulgo COVID-19) incentivou muitas instituições a iniciar ou intensificar o Teletrabalho. Pretendeu-se com esta revisão resumir o que de mais relevante se descreveu sobre o tema, em contexto de Saúde Laboral.

Metodologia

Trata-se de uma Revisão Bibliográfica, iniciada através de uma pesquisa realizada em abril de 2020, nas bases de dados “CINALH plus with full text, Medline with full text, Data base of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina e RCAAP”.

Conteúdo

O Teletrabalho consiste em trabalhar em casa ou, pelo menos, fora das instalações convencionais do empregador, mas em local previamente estipulado e aprovado, usando tecnologia.

Nesta revisão foram resumidos dados relativos à evolução histórica do trabalho, realçando as diversas Revoluções Industriais. Foram também incluídas algumas estatísticas nacionais e sobretudo internacionais em contexto de Teletrabalho. De forma sucinta também se descrevem os principais subtipos de Teletrabalho e quais as caraterísticas desejáveis em teletrabalhores e telegerentes. Por fim, realçam-se as principais vantagens e desvantagens deste regime laboral, mencionadas na bibliografia consultada.

Conclusões

De forma generalista, a perceção das vantagens e desvantagens depende das caraterísticas do funcionário (como personalidade, flexibilidade, autonomia, competência, necessidade de socialização, postura e empenho perante o trabalho); caraterísticas do empregador (gestão, maleabilidade, valorização dos recursos humanos, meios e procedimentos); tarefas em si (facilidade ou não de serem teletrabalhadas); caraterísticas da família (número de elementos, idade dos filhos e qualidade relacional); domicílio (tamanho, iluminação, mobiliário, equipamentos, área reservada ou não para o Teletrabalho); trânsito, poluição e segurança urbana; bem como consequências para a relação com a empresa, trabalho e vida pessoal (família e sociedade); ou seja, um mesmo aspeto tanto pode ser considerado uma vantagem, como uma desvantagem, em função do contexto global. Para além disso, na realidade, o Teletrabalho tem tanta diversidade de condições e caraterísticas, que conclusões consensuais não são possíveis.

É necessário que cada instituição analise as vantagens e desvantagens de inserir o Teletrabalho e, caso decida avançar, tenha uma noção de quais são os fatores que podem potenciar e comprometer o sucesso do projeto.

Palavras-chave : teletrabalho; saúde ocupacional e medicina do trabalho.

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