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Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional online

versão impressa ISSN 2183-8453

Resumo

SANTOS, M; ALMEIDA, A  e  GARRIDO, R. DINAMOMETRIA- SABEMOS O SUFICIENTE PARA A UTILIZAR ADEQUADAMENTE NA SAÚDE OCUPACIONAL?. RPSO [online]. 2021, vol.11, pp.172-182.  Epub 07-Jan-2022. ISSN 2183-8453.  https://doi.org/10.31252/rpso.13.02.2021.

Introdução/enquadramento/objetivos:

O Dinamómetro é um instrumento acessível na aquisição e utilização, pelo que a generalidade das empresas prestadoras de Serviços externos o possui e o utiliza às vezes. Contudo, a bibliogafia sobre este método não é muito abundante. Pretendeu-se com esta revisão resumir os dados mais pertinentes sobre esta técnica, refletir se a mesma está a ser adequadamente utilizada na Saúde Ocupacional e quais as suas potencialidades neste contexto.

Metodologia:

Trata-se de uma Revisão Bibliográfica, iniciada através de uma pesquisa realizada em janeiro de 2021, nas bases de dados “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive e MedicLatina”.

Conteúdo:

A avaliação da força de preensão da mão pode ser utilizada para quantificar especificamente as limitações no membro superior, inferir a capacidade de trabalho após acidente/doença/cirurgia e/ou perceber a evolução de um processo de reabilitação.

A quantificação da força pode ser alterada por muitos fatores.

Existem diversos tipos de Dinamómetros: uns fixos, complexos, exigentes, dispendiosos e outros portáteis, simples, económicos e sem exigirem treino especial.

Algumas recomendações protocolares para a correta execução do teste são razoavelmente consensuais.

Estão publicados valores orientadores das quantificações obtidas em alguns países, por idades, sexo e/ou divisão por mão esquerda/direita ou dominante/não dominante, mas que não são aceites como referências absolutas.

Discussão e Conclusões:

Por vezes alguns trabalhadores são avaliados pela Dinamometria; contudo, ainda que seja um procedimento simples a nível técnico, parte dos indivíduos que a executam não apresentam conhecimentos suficientes para atenuar/controlar algumas variáveis que podem enviesar o resultado. Para além disso, não se encontram valores de referência com os quais possamos comparar um valor único obtido, ficando a dúvida se a validade do exame servirá apenas para analisar os diversos valores obtidos num mesmo trabalhador (nas mãos esquerda/direita, dominante/não dominante e/ou ao longo do tempo, em função do envelhecimento ou de circunstâncias médicas que tenham a capacidade de diminuir a força: patologias, acidentes e/ ou respetivas reabilitações). Estão publicadas sugestões de valores encontrados para alguns países que, na falta de valores referência consensualmente aceites, poderão servir como orientação.

O exame bem executado permite perceber a capacidade física de trabalho, de forma a uma melhor gestão dos condicionamentos pelo Médico do Trabalho, atribuição de tarefas da parte da chefia ou até para uma contestação fundamentada em relação a um eventual processo de acidente laboral.

Palavras-chave : dinamometria; dinamómetro; força de preensão da mão; saúde ocupacional e medicina do trabalho.

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