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Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional online

versão impressa ISSN 2183-8453

Resumo

VILAS BOAS, J; BRITO, T; SAMPAIO, F  e  BARBOSA, C. RELAÇÃO ENTRE IDADE E IMUNIDADE PARA A COVID-19 EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE VACINADOS. RPSO [online]. 2021, vol.12, pp.13-21.  Epub 25-Mar-2022. ISSN 2183-8453.  https://doi.org/10.31252/rpsp.27.11.2021.

Introdução

O início da vacinação contra a Covid-19 coloca algumas questões sobre a eficácia, segurança, durabilidade da proteção e necessidade de doses de reforço. O doseamento dos anticorpos IgG anti-spike pode ajudar a responder a estas questões, assim como a diminuir o contágio entre Profissionais de Saúde e doentes, assegurando a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde.

Objetivos

Avaliar o título de anticorpos IgG anti-spike em profissionais de saúde vacinados, aos três e seis meses após a vacinação completa e como variam de acordo com a idade.

Metodologia

Foi realizado o doseamento dos anticorpos IgG anti-spike contra o SARS-CoV2 num grupo de 923 profissionais de Saúde de uma Unidade Local de Saúde aos três e seis meses após a vacinação com a vacina COMIRNATY®. O teste serológico usado foi o imunoensaio quimioluminescente totalmente automatizado (Abbott). Procedeu-se à recolha de dados epidemiológicos, como a Idade, Sexo e Categoria Profissional e determinou-se se existiria relação entre os títulos de anticorpos e a idade.

Resultados

Dos 923 participantes, a maioria eram mulheres (81.4%) e a idade média foi de 45.51 anos. Obteve-se uma média de 6452.61 AU/mL aos três meses e 2011.17AU/mL aos seis meses nos títulos de anticorpos, com uma queda de 68.84% dos três para os seis meses. Dos resultados obtidos pode-se referir que os valores dos anticorpos variam com a idade: quanto maior a idade, menor o número de anticorpos produzidos, sendo que dos três para os seis meses essa associação é mais forte, ou seja, as pessoas mais idosas produzem menos anticorpos e perdem-nos intensamente ao longo do tempo.

Discussão/Conclusão

O doseamento de anticorpos IgG anti-spike não pode ser visto como medida única de eficácia da vacina, existe também um componente importante da imunidade humoral que ainda não sabemos ao certo a verdadeira importância. O doseamento de anticorpos pode vir a fornecer informação relevante sobre a eficácia, a necessidade de reforço vacinal, identificação de grupos de risco e contribuindo para prevenção da doença nos Profissionais de Saúde. Este estudo permite identificar que a maioria das pessoas respondeu bem à vacinação, mas que os anticorpos caiem bruscamente dos três para os seis meses. Permite ainda estabelecer uma relação, ainda que ténue, entre a idade e o título de anticorpos, reforçando a ideia de reforçar a vacinação nas pessoas mais velhas.

Palavras-chave : Covid-19; Vacina; Imunidade; Anticorpos; Idade; Saúde Ocupacional.

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