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Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional online

versão impressa ISSN 2183-8453

Resumo

COSTA, D. MONITORIZAÇÃO DA TEMPERATURA À ENTRADAS DAS EMPRESAS: VALE A OPINIÃO OU A EVIDÊNCIA?. RPSO [online]. 2021, vol.12, pp.62-77.  Epub 25-Mar-2022. ISSN 2183-8453.  https://doi.org/10.31252/rpso.17.07.2021.

Introdução/ enquadramento/ objetivos

A monitorização da temperatura para rastreio de febre nas empresas (cujos equipamentos recomendados são termómetros infravermelhos) tem-se revelado polémica, criando discussões entre as equipas dos serviços de saúde ocupacional, assumindo-se como uma “exigência” por parte de alguns trabalhadores e/ou Empregadores. Este artigo pretende analisar a evidência que existe em torno da implementação dessa estratégia.

Metodologia

Trata-se de uma revisão narrativa de literatura, de caráter descritivo. A pesquisa de fontes científicas foi cumprida utilizando as bases de dados PUBMED (Medline) durante o mês de julho de 2021, sem limitação de tempo, em português ou inglês, com as palavras-chave “triagem de temperatura” e “Covid-19”.

Conteúdo

A temperatura da pele, em vez da central, pode ser influenciada por vários fatores; os equipamentos com tecnologia baseada em infravermelhos não parecem ser fidedignos o suficiente para detetar ou excluir a febre e esta não é um sintoma característico de todos os infetados. Assim, esta metodologia utilizada de modo isolado não alberga evidências para apoiar a sua implementação nas empresas como uma medida que promova ganhos. Esta estratégia poderá ajudar os trabalhadores e Entidades Empregadoras a sentirem-se melhores, mas sem fazer muito e potencialmente piorando, ao transmitir uma falsa sensação de segurança.

Conclusões

Cada local de trabalho pode determinar as suas próprias preferências, dependendo do seu contexto particular e epidemiológico, e por tal motivo não existe uma “resposta certa” sobre como as Empresas devem abordar este assunto- as evidências são incompletas e os desafios que a pandemia representa mutam; no entanto, para delinear decisões mais informadas, se pretendermos alcançar, como País, uma recuperação económica duradoura, os empregadores terão de deixar de apostar em medidas que exigem recursos, mas que são placebos.

Palavras-chave : triagem de temperatura; Covid-19; Saúde Ocupacional.

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