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Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional online

versão impressa ISSN 2183-8453

Resumo

SANTOS, M; ALMEIDA, A  e  LOPES, C. RISCO QUÍMICO ASSOCIADO AO SETOR DOS TRANSPORTES DE PASSAGEIROS E MERCADORIAS. RPSO [online]. 2022, vol.13, pp.195-202.  Epub 21-Jul-2022. ISSN 2183-8453.  https://doi.org/10.31252/rpso.26.02.2022.

Introdução/ enquadramento/ objetivos

Os Motoristas estão sujeitos a inúmeros Riscos laborais; contudo, os associados ao nível Químico não estão particularmente evidenciados na literatura, nem se encontra com facilidade bibliografia sobre o tema. Pretendeu-se com esta revisão resumir o que de mais pertinente se encontra descrito, de forma a potenciar o trabalho desenvolvido pelas equipas de Saúde e Segurança Ocupacionais que tenham este tipo de clientes.

Metodologia

Trata-se de uma Revisão Bibliográfica, iniciada através de uma pesquisa realizada em fevereiro de 2022 nas bases de dados “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina e RCAAP”.

Conteúdo

Os indivíduos com postos de trabalho neste setor estão expostos a agentes químicos resultantes da combustão incompleta, emissões de motores e aos elementos secundários à evaporação dos combustíveis. Ainda que alguns existam em concentrações baixas, parte apresenta potencial cancerígeno.

Após a diminuição do chumbo na gasolina, outras substâncias passaram a ser mais utilizadas, como o benzeno, tolueno e xileno; bem como o etanol e o metanol, de modo a aumentar a eficiência.

A International Agency for Research on Cancer classificou o benzeno como sendo um carcinogéneo humano. Na prática observa-se uma diminuição do número das células sanguíneas (anemia, trombocitopenia, leucopenia ou até leucemia); ainda que o mecanismo não seja compreendido na totalidade. Considera-se que os taxistas estão profissionalmente suficientemente expostos para apresentarem estas alterações. A concentração de benzeno para estes é duas a três vezes inferior à existente na proximidade de estruturas da indústria petrolífera (por exemplo) mas, ainda assim, três vezes superior ao limite recomendado pela American Conference of Government Industrial Hygienists.

Existe ainda exposição a outros hidrocarbonetos, matéria particulada, metais pesados como chumbo e compostos orgânicos voláteis.

Discussão e Conclusões

O Risco Químico associado aos veículos de transporte de passageiros e/ou mercadorias é relevante e razoavelmente pouco estudado/divulgado, apesar de algumas consequências médicas serem muito importantes.

A nível de medidas de proteção coletiva mencionam-se apenas o uso de filtros HEPA em alguns contextos, bem como ter ou não a janela aberta e sistema de circulação de ar ligados; em contexto de medidas de proteção individuais, nenhum dos artigos consultados as desenvolveu.

Seria relevante que alguma equipa de Saúde e Segurança, com vários clientes nestes setores, avaliasse melhor a situação e divulgasse os seus dados e conclusões através da publicação de artigo(s), para que se tenha mais conhecimento para trabalhar nesta área e se consiga proporcionar um ambiente laboral mais saudável e seguro.

Palavras-chave : risco químico; motorista; taxista; saúde ocupacional e medicina do trabalho..

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