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Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional online

versão impressa ISSN 2183-8453

Resumo

SANTOS, M; ALMEIDA, A  e  LOPES, C. TRABALHO E SUICÍDIO. RPSO [online]. 2022, vol.13, pp.203-214.  Epub 21-Jul-2022. ISSN 2183-8453.  https://doi.org/10.31252/rpso.18.06.2022.

Introdução/enquadramento/objetivos

Por vezes surgem notícias relativas a numerosos casos de suicídio dentro de um mesmo empregador, pelo que se fica a ponderar que relações na realidade podem existir entre o Trabalho e este evento. Realizou-se então uma revisão no sentido de resumir o que de mais recente e pertinente se publicou internacionalmente sobre o tema, de forma a dotar os profissionais da Saúde e Segurança Ocupacionais com mais conhecimentos para atuar.

Metodologia

Trata-se de uma Revisão Bibliográfica, resultante de uma pesquisa realizada em janeiro de 2022, nas bases de dados “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina e RCAAP”.

Conteúdo

O Suicídio é um fenómeno que conjuga inúmeras variáveis, nomeadamente caraterísticas da sociedade/comunidade, trabalho e do indivíduo. Os principais motivos para o Suicídio são os problemas laborais e/ou económicos; geralmente a etiologia é multifacetada, não devendo as questões laborais serem as únicas a considerar.

As novas formas de organização do Trabalho, com a pressão de objetivos/resultados cada vez mais exigentes, por vezes acompanhados de assédio moral, podem provocar sofrimento no trabalhador que, eventualmente, poderá levar ao suicídio. Contudo, a organização adequada pode conseguir potenciar a saúde mental dos funcionários e diminuir o número de suicídios neste contexto.

A racionalização das tarefas geralmente potencia a eficiência, mas desumaniza, podendo surgir problemas sociais; ou seja, passa a haver mais compromisso com a produtividade (para se satisfazer o consumo) e não tanto com questões sociais.

A reestruturação das instituições pode levar a um aumento da carga de trabalho (ritmo, número de tarefas, horas de trabalho, ergonomia insuficiente), por vezes também associada a demissões, certificados de incapacidade temporária e reformas antecipadas.

O bulling/mobbing também altera a saúde mental e aumenta o risco de Suicídio duas vezes, mesmo até cinco anos depois.

Melhorar as condições de trabalho diminuirá o risco de Suicídio na população ativa.

Discussão e Conclusões

O Suicídio parece ser mais prevalente (segundo a generalidade dos estudos consultados) em determinado sexo, caraterísticas de personalidade, tipo de organização do trabalho e/ou tarefas específicas. Seria relevante que as equipas nacionais de Saúde e Segurança Ocupacionais conseguissem detetar situações com capacidade de gerar um Suicídio, antes que o primeiro caso concreto acontecesse; tal ficaria mais fácil de atingir se as equipas que já tenham dedicado alguma investigação sobre a área, a aprofundassem e divulgassem os seus dados e conclusões sob o formato de artigo científico.

Palavras-chave : suicídio; tentativa de suicídio; organização do trabalho; saúde ocupacional; medicina do trabalho e segurança no trabalho..

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