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Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional online

versão impressa ISSN 2183-8453

Resumo

SANTOS, M; ALMEIDA, A  e  LOPES, C. CANCRO ESOFÁGICO ASSOCIADO AO TRABALHO. RPSO [online]. 2022, vol.14, esub0354.  Epub 02-Jul-2022. ISSN 2183-8453.  https://doi.org/10.31252/rpso.02.07.2022.

Introdução/enquadramento/objetivos:

Existem patologias oncológicas em que se acredita que algumas exposições laborais possam modular o seu surgimento. Pretendeu-se com esta revisão resumir de forma sucinta e prática o que mais relevante e recente se publicou sobre o tema na literatura internacional, em relação ao Cancro Esofágico.

Metodologia:

Trata-se de uma Revisão Bibliográfica, iniciada através de uma pesquisa realizada em janeiro de 2022 nas bases de dados “CINALH plus with full text, Medline with full text, Database of Abstracts of Reviews of Effects, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Methodology Register, Nursing and Allied Health Collection: comprehensive, MedicLatina e RCAAP”.

Conteúdo:

Os fatores de risco ocupacionais associados ao Cancro Esofágico são os asbestos, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, acetaldeído, nitrosaminas e alguns solventes da limpeza a seco. Contudo, estudos laborais são razoavelmente escassos.

Várias entidades classificaram os asbestos como agentes cancerígenos em relação ao pulmão e pleura; contudo, em relação ao esófago, a evidência é menos intensa. Ainda assim, alguns estimam que os asbestos aumentem este risco oncológico em 2,38 vezes, apesar de a relação não ser compreendida na totalidade. Eles estão classificados como pertencentes ao grupo 1 (carcinogénios para humanos). Após inalação, as fibras não são todas eliminadas pelos macrófagos; a acumulação destas potencia a produção de radicais livres, causando eventuais alterações no DNA. Se as fibras forem removidas rapidamente, não há toxicidade; logo, a deposição e o clearence destas irá influenciar o potencial oncológico. A resposta inicial é proporcionada pelos macrófagos que, por sua vez, causam inflamação e dano tecidual.

Os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, como por exemplo o benzopireno, surgem a partir da combustão de matéria orgânica; são provavelmente carcinogénicos e mutagénicos em humanos. A nível Ocupacional existem nas fundições, limpeza de chaminés, forneiros, restauração e incineradoras; neste contexto as principais vias de entrada são a inalatória e a cutânea. Alguns polimorfismos genéticos influenciam o dano destes agentes.

Discussão e Conclusões:

Existem alguns setores/tarefas/agentes associados ao Cancro Esofágico com maior ou menor consenso na literatura internacional. Todos os profissionais da Saúde e Segurança Ocupacionais a atuar nessas áreas e todos os trabalhadores envolvidos deverão estar a par (pelo menos de forma sucinta) das condições associadas, de forma a atenuar o risco. Seria interessante avaliar os conhecimentos destes em relação a este tema e perceber, entre os setores mais relevantes a nível nacional, que medidas de proteção concretas (coletivas e individuais) são tomadas e qual aparenta ser a eficácia das mesmas.

Palavras-chave : cancro do esófago; segurança no trabalho; saúde ocupacional e medicina do trabalho.

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