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Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional online

versão impressa ISSN 2183-8453

Resumo

RIBEIRO, R et al. CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DE DOENÇAS PROFISSIONAIS NOTIFICADAS NUM HOSPITAL TERCIÁRIO PORTUGUÊS ENTRE 2012 E 2021. RPSO [online]. 2023, vol.15, esub377. ISSN 2183-8453.  https://doi.org/10.31252/rpso.14.01.2023.

Introdução:

Uma doença profissional é uma lesão corporal, perturbação funcional ou patologia que é consequência necessária e direta da exposição a riscos laborais e das condições de trabalho e não resulta do normal desgaste do organismo. A incidência de doenças relacionadas com o trabalho aumenta com a idade, sendo mais frequente no sexo feminino. As lesões musculosqueléticas e as paralisias, como a síndrome do túnel cárpico, são os tipos de lesões mais frequentemente reconhecidas como doenças profissionais. No que se refere ao setor mais predominante, a incidência é maior na indústria, seguido da construção e na área da saúde. Os profissionais de saúde, atendendo à sua exposição a riscos ergonómicos, físicos, biológicos e químicos, têm uma elevada disposição para sofrerem de doenças relacionadas com o trabalho.

Objetivos:

Caracterizar o perfil das doenças profissionais notificadas num hospital terciário português, avaliando a sua distribuição temporal, categoria profissional mais afetada, bem como o tipo de lesão e região corporal predominante.

Métodos:

Realizou-se um estudo observacional do tipo transversal e analítico recorrendo à análise das doenças profissionais notificadas num hospital terciário português de janeiro de 2012 a dezembro de 2021, através da consulta das bases de dados do Serviço de Saúde Ocupacional.

Resultados:

No período considerado, foram notificadas 610 doenças profissionais, sendo que 78,0% pertenciam ao sexo feminino. A categoria profissional mais afetada foi a dos enfermeiros (40,8%), seguidos pelos assistentes operacionais (28,5%). O ano com mais notificações foi em 2021 (53,9%). A infeção por SARS-CoV-2 foi a mais prevalente, com 431 casos, seguida das lesões musculosqueléticas, com 153 casos. As epicondilites e as tendinopatias da articulação do ombro foram as doenças musculosqueléticas mais frequentemente notificadas com 39,7% e 24,0% das participações realizadas, respetivamente.

Conclusão:

As lesões musculosqueléticas destacam-se como o tipo de lesão mais frequentemente notificadas, se excluirmos o impacto da infeção por SARS-CoV-2, o que será facilmente explicado pela exposição aos riscos inerentes às profissões do setor de saúde. O seu diagnóstico e reconhecimento são de grande importância já que permitem identificar problemas e gerar a necessidade de providenciar uma resposta dirigida assente na prevenção da doença e promoção da saúde, junto dos trabalhadores e entidade empregadora.

Palavras-chave : Profissionais de Saúde; Doenças Ocupacionais; Lesão Musculosquelética; Medicina do Trabalho; Riscos Profissionais.

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