Introdução:

A COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus- síndrome respiratória aguda-grave 2, foi identificada pela primeira vez na China, em dezembro de 2019. A doença foi reconhecida pela Organização Mundial de Saúde como pandemia, no dia 11 de março de 2020. Este trabalho caracteriza os casos confirmados num Hospital Central, contribuindo para a criação de medidas de prevenção mais eficientes.

Metodologia:

Foi realizado um estudo observacional, incluindo todos os profissionais de saúde de um Hospital Central que constituíram casos confirmados para COVID-19, entre o dia 2 de março e 31 de dezembro de 2020. Os dados obtidos foram tratados e analisados com o programa informático Microsoft Excel.

Resultados:

Contabilizaram-se 723 profissionais infetados. Observou-se um pico de casos no mês de março e outro em dezembro. Os casos foram mais frequentes no género feminino (76%) e em profissionais até aos 45 anos. A categoria de enfermagem foi a mais atingida em termos absolutos e relativos. Os serviços de medicina interna, serviço de urgência, infeciologia e cirurgia registaram o maior número de infeções. A maioria dos casos apresentava-se sintomático à data do diagnóstico. Do total da amostra, cinco profissionais tiveram necessidade de internamento, sendo que um acabou por falecer.

Discussão dos resultados e conclusões:

A frequência de casos de COVID-19 entre os profissionais de saúde parece ser, com base neste estudo, bastante superior à população em geral. Face aos dados obtidos, poderá existir benefício na implementação de protocolos que incluam testagem periódica dos profissionais de saúde sobretudo em serviços de maior risco de infeção e/ou de maior vulnerabilidade dos doentes, permitindo o controlo dos casos assintomáticos e, desta forma, quebrar possíveis cadeias de transmissão.

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