SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.16A VIOLÊNCIA FÍSICA COMO ACIDENTE DE TRABALHO NUMA UNIDADE LOCAL DE SAÚDEALERGÉNIOS E ASMA OCUPACIONAL NA PANIFICAÇÃO: UMA REVISÃO DA LITERATURA índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional online

versão impressa ISSN 2183-8453

Resumo

PEREIRA, A et al. CARACTERIZAÇÃO DAS DOENÇAS PROFISSIONAIS NOTIFICADAS NUM HOSPITAL TERCIÁRIO PORTUGUÊS ENTRE 2011 E 2022. RPSO [online]. 2023, vol.16, esub0420. ISSN 2183-8453.  https://doi.org/10.31252/rpso.16.12.2023.

Introdução:

O setor da Saúde representa um grande desafio em Saúde Ocupacional, nomeadamente na prevenção e gestão das doenças profissionais. As patologias infeciosa, dermatológica, respiratória e musculosquelética representam a grande maioria das doenças profissionais na área da Saúde, sendo este último grupo o que se tem apresentado como mais prevalente em contexto hospitalar. Para além de consequências para a saúde dos trabalhadores, as doenças profissionais apresentam também elevados custos para as empresas e sociedade em geral.

Objetivos:

Análise das doenças profissionais participadas num Serviço de Saúde Ocupacional de um hospital terciário português.

Métodos:

Estudo observacional retrospetivo entre janeiro de 2011 e dezembro de 2022. Os dados foram obtidos do software do Serviço de Saúde Ocupacional.

Resultados:

Verificou-se a participação de 203 doenças profissionais, entre 2011 e 2022, sendo que a idade média foi de 47,1 anos. O ano 2020, foi o que obteve o maior número de notificações, num total de 71, assim como de confirmações das mesmas. 83,7% das suspeitas foram em indivíduos do sexo feminino, sendo igualmente mais prevalentes nestas (5,9%). Destes, 62,6% correspondem a trabalhadores com horário por turnos. Os assistentes operacionais contabilizam o maior número absoluto (36,9%), no entanto são os técnicos superiores de diagnostico de terapêutica que apresentam maior prevalência de participações (9,9%). As doenças mais participadas e certificadas foram as infeciosas, seguidas das musculosqueléticas, sendo estas as que mais geraram incapacidade (9,1%).

Discussão e Conclusão:

A participação de doenças profissionais aumentou ao longo dos anos, tendo sofrido um maior incremento em 2020 pelo contexto de pandemia SARS-COV-2, facto que fez com que as patologias infeciosas prevalecessem em relação às do foro musculo esquelético, as mais reportadas até então. A distribuição por sexo, idade e modalidade de horário estão de acordo com a distribuição da população da organização. O maior número de notificações ocorreu nos assistentes operacionais, no entanto a sua prevalência foi maior nos técnicos de diagnóstico e terapêutica. Isto pode dever-se ao facto de no hospital em estudo estar integrado um centro de reabilitação, com mais técnicos, tais como fisioterapeutas, que prestam cuidados a doentes mais dependentes. Este estudo permite um melhor conhecimento da realidade em matéria de doenças profissionais no setor da saúde, permitindo assim o desenvolvimento de medidas preventivas, promovendo ambientes de trabalho mais saudáveis.

Palavras-chave : Profissionais de saúde; Doenças Profissionais; Medicina do Trabalho e Riscos Profissionais.

        · resumo em Inglês     · texto em Português     · Português ( pdf )