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Gazeta Médica
versão impressa ISSN 2183-8135versão On-line ISSN 2184-0628
Resumo
RIBEIRO, Leonor Abreu; MELO-ALVIM, Cecília; PAIS, Helena Luna e COSTA, Luís. Cancro da Cabeça e Pescoço Recorrente/Metastático: Mudança de Paradigma?. Gaz Med [online]. 2020, vol.7, n.3, pp.263-269. Epub 01-Jul-2021. ISSN 2183-8135. https://doi.org/10.29315/gm.v7i3.337.
O carcinoma pavimento celular (CPC), da cabeça e pescoço, o tipo histológico mais frequente do cancro da cabeça e pescoço, pode ser potencialmente curado se diagnosticado em estadios precoces e tratado adequadamente. Ainda assim, a maioria dos doentes são diagnosticados em estadio III ou IV da doença, com taxas de falência de resposta ao tratamento, local e à distância, de 60% e 30%, respetivamente, apesar de estratégias de tratamento multimodal com intenção curativa. Os excelentes resultados do ensaio EXTREME, publicado em 2008, com uma mediana de sobrevivência global de 10,1 meses dos doentes com CPC da cabeça e pescoço recorrente e/ou metastático tratados com platino associado a fluorouracilo e cetuximab, veio alterar o tratamento standard destes doentes. O regime EXTREME foi o primeiro esquema de tratamento a evidenciar um benefício em termos de sobrevivência global, antes da imunoterapia, neste contexto da doença. Os dois medicamentos de imunoterapia atualmente aprovados para o tratamento do CPC da cabeça e pescoço, em primeira ou subsequentes linhas de tratamento, para doença platino resistente e platino sensível são os agentes anti-PD-L1 nivolumab e pembrolizumab. Mas será que já não haverá lugar para o esquema EXTREME ou para a quimioterapia em geral para estes doentes? E se há, como escolher entre as opções terapêuticas existentes? Neste artigo, os autores irão, através da análise dos dados obtidos nos principais ensaios que investigaram o nivolumab e o pembrolizumab neste tipo de doentes, tentar responder a estas questões.
Palavras-chave : Neoplasias da Cabeça e Pescoço/tratamento farmacológico; Nivolumab; Pembrolizumab; Recidiva Local de Neoplasia.