Resumen

CLAUDIO, Fábio. O Século do Triângulo Estratégico. PO-RPCP [online]. 2021, vol.16, pp.33-48.  Epub 02-Mar-2022. ISSN 1647-4090.  https://doi.org/10.33167/2184-2078.rpcp2021.16/pp.33-48.

Vivemos tempos de mudança, a pandemia da COVID-19 veio acelerar as alterações que se encontravam em curso nos arranjos estruturais do sistema internacional dominado nas últimas décadas pelos EUA. Com o fim da Guerra Fria acreditou-se que seria possível a globalização da democracia, relações de cordialidade mútua entre as grandes potências e a cooperação internacional sem restrições através das instituições. Esse suposto fim da competição estratégica levou à perda de protagonismo da teoria realista como lente para as relações internacionais. Hoje, sabemos que o fim da história foi anunciado cedo demais. Segundo isto, o artigo debruça-se sobre a relação estratégica das três grandes potências geopolíticas - EUA, China e Rússia - aplicando a análise teórica de Lowell Dittmer. O triângulo estratégico não é novo, tendo fundações precisamente durante a Guerra Fria, no entanto, os arranjos estruturais do mesmo distanciam-se dos verificados anteriormente. A China é um ator mais forte globalmente, os EUA, embora tenham perdido fulgor, continuam a maior superpotência mundial e, a Rússia nunca poderá ser posta de lado pela relevância geopolítica em várias frentes. Com base neste enquadramento, o artigo procurará destrinçar a dinâmica que existe atualmente entre os três atores e que consequências traz para a futura ordem mundial.

Palabras clave : balança de poderes; China; competição estratégica; EUA; Rússia; triângulo estratégico.

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