SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.25 número2Atresia das Vias Biliares: Revisão CasuísticaExtensos papilomas escamosos esofágicos combinados com uma florida hiperplasia glandular do cárdia num doente com adenocarcinoma índice de autoresíndice de materiabúsqueda de artículos
Home Pagelista alfabética de revistas  

Servicios Personalizados

Revista

Articulo

Indicadores

Links relacionados

  • No hay articulos similaresSimilares en SciELO

Compartir


GE-Portuguese Journal of Gastroenterology

versión impresa ISSN 2341-4545

Resumen

MASSINHA, Paulo et al. Colite ulcerosa: estamos a desvalorizar o seu caráter progressivo. GE Port J Gastroenterol [online]. 2018, vol.25, n.2, pp.74-79. ISSN 2341-4545.  https://doi.org/10.1159/000481263.

Introdução: A colite ulcerosa (CU) é uma doença crónica mas o seu carácter progressivo, com danos estruturais, encontra-se insuficientemente estudado. Objetivos: Analisar um grupo de doentes, sem viés de referenciação, quanto ao percurso clínico, aos danos morfológicos e ao estado funcional. Métodos: Avaliaram-se os doentes com diagnóstico de CU estabelecido entre 01-01-2000 e 31- 12-2004, com residência na área de referenciação directa do hospital, tendo-se determinado a medicação usada, a taxa de colectomia, os danos estruturais (“cano de chumbo”, estenoses, pseudopolipos, pontes fibrosas) ou funcionais ano-rectais (avaliação prospectiva com Cleaveland Clinic Incontinence Score, CCIS e Fecal Incontinence Quality of Life, FIQL). Resultados: Identificaram-se 104 doentes, 47% do sexo feminino, idade média no diagnóstico de 38 ± 17 anos, proctite 24%, colite esquerda 57%, pancolite 19%. Em 3 doentes não foi possível obter dados de seguimento. Dos doentes estudados 56% tiveram necessidade de corticoterapia, 38% de imunossupressores e 16% de anti-TNFs. Após um seguimento médio de 13 ± 2 anos, encontraram-se danos estruturais em 25 doentes (24%), protocolectomia em 5%, “cano de chumbo” 15%, pseudopolipos 16% e estenoses e pontes fibrosas 3%. Verificamos referência a disfunção ano-rectal em 49% (maioritariamente episódios prévios e autolimitados de incontinência) mas incluindo incontinência persistente em 10% (CCIS 8 ± 4.8). Verificou-se uma incidência aumentada de danos estruturais e disfunção ano-rectal nos doentes com necessidade de corticoides (p = 0.001), imunossupressores (p < 0.001) e anti-TNF (p = 0.002) e uma relação entre os danos estruturais e a disfunção ano-rectal (p < 0.001). Não existiu associação entre a idade e a disfunção ano-rectal, incluindo episódios de incontinência. Conclusões: A CU é uma doença com consequências estruturais e funcionais num subgrupo significativo de doentes. Este facto deve ser integrado na definição da estratégia terapêutica.

Palabras clave : Colite ulcerosa; Progressão da doença; Doença inflamatória intestinal; Cólon; Prognóstico.

        · resumen en Inglés     · texto en Inglés     · Inglés ( pdf )

 

Creative Commons License Todo el contenido de esta revista, excepto dónde está identificado, está bajo una Licencia Creative Commons