SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.26 número6Recomendações do Clube Português do Pâncreas sobre Pancreatite Crónica: Tratamento Médico, Endoscópico e Cirúrgico (Parte II)Tratamento de varizes retais de difícil controlo índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


GE-Portuguese Journal of Gastroenterology

versão impressa ISSN 2341-4545

Resumo

GONCALVES, Rita João et al. Abcesso hepático por Streptococcus anginosus e Eikenella corrodens, secundário a perfuração gástrica por espinha de peixe. GE Port J Gastroenterol [online]. 2019, vol.26, n.6, pp.414-419. ISSN 2341-4545.  https://doi.org/10.1159/000497333.

Introdução: A ingestão de corpo estranho é frequente, mas em menos de 1% dos casos ocorrem complicações. Os abcessos hepáticos secundários a penetração por corpo estranho são muito raros. Até à data, estão reportados na literatura apenas 62 casos de abcesso hepático secundário a perfuração do tracto gastrintestinal por espinha de peixe. Caso clínico: Um homem de 78 anos foi internado por quadro de febre alta e vómitos com dois dias de evolução, a par de eructações frequentes nos últimos três meses. A ecografia abdominal revelou abcesso hepático no lobo esquerdo e a tomografia computorizada demonstrou imagem hiperdensa linear, contactando a lesão hepática e atravessando a parede superior do antro gástrico, sugestiva de corpo estranho (espinha de peixe). As hemoculturas foram positivas com isolamento de Streptococcus anginosus e Eikenella corrodens. O abcesso foi drenado por punção aspirativa eco-guiada, isolando-se Streptococcus anginosus no exsudado purulento. Realizou desbridamento cirúrgico e remoção da espinha; completou 21 dias de antibioterapia, com evolução favorável. Conclusão: Após revisão da literatura, este é o primeiro caso descrito de abcesso hepático secundário a perfuração por espinha de peixe, por Streptococcus anginosus e Eikenella corrodens. Um dos mecanismos que explica o seu potencial para causar infecções invasivas e distantes da cavidade oral é a coagregação bacteriana que contribui para a maior resistência ao sistema imunológico inato do hospedeiro e aumento da sobrevivência das duas espécies.

Palavras-chave : Abcesso hepático; Espinha de peixe; Streptococcus anginosus; Eikenella corrodens.

        · resumo em Inglês     · texto em Inglês     · Inglês ( pdf )

 

Creative Commons License Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons