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GE-Portuguese Journal of Gastroenterology

versão impressa ISSN 2341-4545versão On-line ISSN 2387-1954

Resumo

SANTOS, Sara et al. Estudo retrospetivo de colocação de shunt portossistémico transjugular intrahepático na hipertensão portal cirrótica. GE Port J Gastroenterol [online]. 2021, vol.28, n.1, pp.5-12.  Epub 03-Nov-2021. ISSN 2341-4545.  https://doi.org/10.1159/000507894.

Introdução e Objectivos:

O shunt portossistémico transjugular intra-hepático (TIPS) é usado para descompressão de hipertensão portal hepática clinicamente significativa. Os objetivos deste estudo foram avaliar os resultados clínicos e efeitos adversos associados a este procedimento.

Métodos:

Estudo retrospectivo de centro único, incluindo 78 pacientes submetidos ao procedimento entre Janeiro de 2015 e Novembro de 2018. Os dados de seguimento estavam ausentes em 27 doentes, tendo sido incluídos 51 doentes na análise. Os dados colhidos de registos individuais incluíram dados demográficos, comorbilidades, resultados laboratoriais, complicações e resultados clínicos, de acordo com a indicação.

Resultados:

O gradiente médio de pressão portossistémica pré-TIPS foi de 18.1 ± 5 mm Hg, que diminuiu para 6 ± 3 mm Hg. Indicações para TIPS foram ascite refratária (65%, n = 33) e hemorragia varicosa recorrente/refratária (35%, n = 18). As complicações relacionadas ao TIPS ocorreram em 29 doentes (56.8%): encefalopatia hepática (EH) em 21 doentes, sépsis (n = 3), insuficiência hepática (n = 2), anemia hemolítica (n = 1), edema pulmonar agudo (n = 1) e perfuração capsular (n = 1). O seguimento médio foi de 15.7 ± 15 meses. A mortalidade no primeiro mês foi de 11.7% (n = 6) (sépsis, n = 3; insuficiência hepática aguda, n = 2; recorrência de hemorragia varicosa, n = 1), e foi significativamente mais frequente em doentes com Child-Pugh > 9 pontos (p = 0.01), pontuação de MELD > 19 pontos (p = 0.02) e história de EH prévia ao procedimento (p = 0.001). Doentes que desenvolveram EH tinha mais frequentemente idade avançada (p = 0.006) e níveis mais elevados de creatinina (p = 0.008). A ascite persistiu em 21.2% (7/33 doentes), mais habitualmente em doentes com níveis mais baixos de albumina basal (p = 0.003). Hemorragia varicosa recorrente ocorreu em 22% (n = 4/18 doentes), em associação com níveis mais baixos de hemoglobina (p = 0.03).

Conclusão:

O TIPS é eficaz em 80% dos doentes que apresentam hemorragia varicosa ou ascite refratária. Eventos adversos podem ser reduzidos através da seleção de doentes, com base na idade e história de EH.

Palavras-chave : Shunt portossistémico transjugular intra-hepático; Hipertensão portal.

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