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GE-Portuguese Journal of Gastroenterology

versão impressa ISSN 2341-4545versão On-line ISSN 2387-1954

Resumo

LEAL, Tiago et al. COVID-19 nos Serviços de Gastroenterologia: o impacto da 1ª vaga. GE Port J Gastroenterol [online]. 2021, vol.28, n.6, pp.385-391.  Epub 30-Mar-2022. ISSN 2341-4545.  https://doi.org/10.1159/000516019.

Introdução:

A doença por coronavirus 19 (COVID-19) é uma pandemia global que afetou gravemente os serviços de saúde em todo o mundo. Durante o estado de emergência declarado em Portugal nos meses de Março e Abril de 2020, verificou-se uma redução importante na atividade médica. Este estudo teve como objetivo avaliar o impacto da COVID-19 nos Serviços de Gastroenterologia portugueses e as estratégias implementadas para fazer face a este desafio. Métodos: Tratou-se de um estudo transversal baseado num inquérito online. Um questionário pormenorizado acerca de diferentes aspetos da atividade dum Serviço de Gastroenterologia foi enviado por email para os Diretores de Serviço de Gastroenterologia dos Hospitais Distritais. Foram avaliados dois períodos: o estado de emergência e o período de recuperação entre maio e setembro. Foram registadas as respostas entre setembro e outubro 2020. Resultados: Responderam 21 Hospitais (taxa de resposta: 80,8%). Vinte e oito porcento dos inquiridos tiveram profissionais da sua unidade infectados com COVID-19. Pelo menos um elemento foi mobilizado para outro local de trabalho em 66,7% dos hospitais, maioritariamente internos de formação específica de Gastroenterologia. Durante o estado de emergência, 47,6% dos Hospitais só realizaram endoscopias urgentes/emergentes. Em 38,5%, a necessidade de racionamento de equipamento de proteção individual levou à suspensão do treino em endoscopia. Relativamente ao período de recuperação, os procedimentos não urgentes foram retomados na maioria dos centros. O mesmo se verificou para o programa de rastreio do cancro colorectal. Salienta-se que 81% dos inquiridos confirmaram que adiaram exames a pedido dos doentes por “medo de ficarem infetados”. Mantiveram-se consultas não-presenciais em 81% dos Hospitais. De modo geral, as atividades de formação dos internos foram progressivamente retomadas. Discussão/Conclusão: Este estudo oferece o retrato do impacto e consequências da primeira vaga da pandemia nos Hospitais portugueses. É importante compreender como os Serviços de Gastrenterologia nacionais lidaram com o primeiro impacto da COVID-19 e que estratégias foram implementadas de forma a melhor preparar o que se segue.

Palavras-chave : COVID-19; Pandemia; Telemedicina; Endoscopia; Internato.

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