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GE-Portuguese Journal of Gastroenterology

versão impressa ISSN 2341-4545

Resumo

SALGUEIRO, Paulo; RAMOS, Maria Inês; CASTRO-POCAS, Fernando  e  LIBANIO, Diogo. Tratamento Instrumental da Doença Hemorroidária: Laqueação Elástica versus Escleroterapia - Revisão sistemática e Meta-análise. GE Port J Gastroenterol [online]. 2022, vol.29, n.6, pp.39-49.  Epub 02-Jan-2023. ISSN 2341-4545.  https://doi.org/10.1159/000522171.

Contexto/Objetivos:

Os tratamentos instrumentais mais frequentemente realizados na doença hemorroidária (DH) são a laqueação elástica (LE) e a escleroterapia. Existem poucos estudos publicados que comparem os vários tipos de tratamento instrumental. O objetivo desta revisão sistemática e meta-análise foi comparar a eficácia e a segurança da escleroterapia e da LE.

Métodos:

A pesquisa foi feita em três bases de dados. A eficácia (controlo dos sintomas, do prolapso, da hemorragia e da dor, satisfação dos doentes e recorrência da DH) e a segurança (complicações, tais como dor e hemorragia) foram os resultados avaliados. Os riscos relativos (RR) foram calculados para cada resultado, com recurso a um modelo de efeitos aleatórios, e a heterogeneidade foi avaliada pelo teste Q de Cochran e I2.

Resultados:

Foram incluídos seis estudos clínicos randomizados e três estudos de coorte. O controlo do prolapso e da hemorragia foi significativamente mais elevado com a LE (93,1% LE VS 66,4% escleroterapia, RR 1,34, 95% CI 1,12-1,60 e 89,1% LE VS 78,7% escleroterapia, RR 1,17, 95% CI 1,02-1,34, respetivamente). Ambas as técnicas tiveram resultados semelhantes em termos de alívio da dor, controlo global dos sintomas e risco de recidiva aos 3 meses. Embora a satisfação dos doentes fosse significativamente maior com LE (77,8% LE VS 46,7% escleroterapia, RR 1,59 95% CI 1,01-2,50), a dor pós-procedimento foi significativamente maior com esta técnica (24% LE VS 14% escleroterapia, RR 1,74, 95% CI 1,32-2,28). Não houve diferença significativa na hemorragia pós-procedimento (11,1% LE VS 8,7% escleroterapia, RR 1,29, 95% CI 0,86-1,94). Na análise de subgrupos, de acordo com o grau da DH, a dor pós-procedimento foi mais elevada com a LE apenas na DH grau II (VS DH graus I-III).

Conclusões:

A LE tem melhores resultados do que a escleroterapia no controlo dos sintomas, mais concretamente na resolução do prolapso e da hemorragia hemorroidária, embora a dor pós-procedimento seja uma complicação mais frequente com a LE. A recorrência é semelhante em ambos os procedimentos. Enquanto se aguarda a publicação dos resultados de estudos com novos esclerosantes, a LE deverá ser considerado o tratamento instrumental de primeira linha na DH.

Palavras-chave : Doença hemorroidária; Laqueação elástica; Escleroterapia.

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